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Kremlin diz que Putin está pronto para negociar paz com a Ucrânia

Porta-voz reforça disposição russa, mas destaca que metas de Moscou seguem prioritárias

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em encontro sobre o conflito na Crimeia, em Paris em 2019 | Foto: Ian LANGSDON / POOL / AFP
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, estaria disposto a buscar um acordo de paz com a Ucrânia, segundo afirmou neste domingo (20) o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Em entrevista à televisão estatal russa, ele disse que o interesse por uma resolução pacífica permanece, mas ressaltou que o objetivo central de Moscou ainda é "atingir seus objetivos" no conflito.

“O presidente Putin tem falado repetidamente sobre seu desejo de levar o acordo ucraniano a uma conclusão pacífica o mais rápido possível. Este é um processo longo, exige esforço e não é fácil”, declarou Peskov ao repórter Pavel Zarubin.

Metas russas seguem firmes

Apesar da aparente abertura para diálogo, o Kremlin reforça que sua atuação na guerra está condicionada ao cumprimento de metas militares e estratégicas. “O principal para nós é atingir nossos objetivos. Nossos objetivos são claros”, enfatizou Peskov, sem detalhar quais seriam essas metas neste estágio do conflito, que já dura mais de dois anos.

Pressão internacional

A declaração de Peskov ocorre em meio a novos posicionamentos dos Estados Unidos sobre a guerra. Na segunda-feira (14), o presidente Donald Trump, que busca retornar ao cargo, anunciou uma postura mais rígida em relação à Rússia. Ele prometeu uma nova leva de apoio militar à Ucrânia, incluindo o envio de sistemas de defesa antimísseis Patriot.

Trump também impôs um ultimato: a Rússia teria 50 dias para aceitar um cessar-fogo, sob risco de enfrentar novas sanções.

Impasse persiste

Apesar das falas conciliadoras do Kremlin, o impasse permanece. Enquanto Moscou exige o reconhecimento de territórios ocupados, Kiev insiste na retirada total das tropas russas como condição para qualquer negociação. Diante disso, analistas apontam que, mesmo com os sinais de abertura, o caminho para a paz ainda parece distante e repleto de obstáculos diplomáticos.

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