O ex-ditador da Líbia, Muammar Kadhafi, foi preso e está ferido em ambas as pernas, gravemente, informaram nesta quinta-feira (20) fontes militares do novo governo do país, citadas pelas agências internacionais e a imprensa local. A informação foi confirmada por Abdel Majid, chefe militar dos ex-rebeldes na capital, Trípoli. "Ele foi capturado. Ele está ferido em ambas as pernas... Ele foi levado de ambulância", disse o militar à Reuters, por telefone. Outro comandante rebelde, Mohamed Leith, disse à France Presse que Kadhafi está "gravemente ferido", mas "ainda respira". As informações são contraditórias. Kadhafi teria sido preso próximo a Sirte, em um comboio que tentava fugir da cidade, que foi tomada definitivamente pelos rebeldes nesta quinta-feira. Sirte era o último foco de resistência kadhafista. Um combatente ouvido pela agência Reuters disse que Kadhafi estava escondido em um buraco, e teria gritado "Não atire! Não atire!" ao ser descoberto. A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e o Departamento de Estado dos EUA ainda não confirmavam a prisão, mas os rebeldes já comemoravam a notícia. Kadhafi, derrubado após a tomada de Trípoli no fim de agosto, estava desaparecido desde então, tentando reagir as tropas do Conselho Nacional de Transição, órgão político da rebelião líbia, que tenta reorganizar o país na transição para a democracia. Bani Walid, outro reduto kadhafista, caiu na segunda-feira. O destino de Kadhafi, se confirmada a prisão, é incerto. Ele é procurado pelo Tribunal Penal Internacional de Haia, da ONU, por crimes contra a humanidade cometidos durante a repressão aos rebeldes. Mas o CNT já falou, em várias ocasiões, que pretendia levar o coronel e seus aliados a julgamento no próprio país.
Muammar Kadhafi está preso e gravemente ferido, afirma chefe militar do governo líbio
A informação foi confirmada por Abdel Majid, chefe militar dos ex-rebeldes na capital, Trípoli
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