A promotoria russa pediu nesta sexta-feira nove anos de prisão para Pavel Dmitrichenko, bailarino do Bolshoi acusado de organizar um ataque com ácido contra o diretor artístico do grande teatro russo, Serguéi Filin, em janeiro.
Também pediu 10 anos de prisão para o executor do ataque, e seis anos para o motorista Andrei Lipatov.
O promotor considerou que o ataque, que quase custou a vida de Filin, foi premeditado.
Durante as audiências, Dimitrichenko, bailarino solista e militante sindical no Bolshoi, assegurou não ter pedido a seus supostos cúmplices que causasse "um dano grave" a Filin e que o executante, Yuri Zarutski, agiu por conta própria.
Zarutski, por sua vez, reconheceu ter atacado o diretor artístico, mas que não conspirou com Dimitrichenko.
Filin, de 43 anos, sofreu queimaduras graves e praticamente perdeu a visão desde que foi atacado com ácido no rosto em 17 de janeiro.
Depois de submeter-se a um transplante de pele e várias operações nos olhos, retomou em setembro seu trabalho no teatro, acompanhado por um segurança.
O caso revelou as fortes rivalidades e conflitos internos dentro do prestigioso teatro russo.