Um tribunal norueguês que julga o massacre de 77 pessoas em Oslo, no dia 22 de julho, determinou a prorrogação da prisão em confinamento do atirador Anders Behrin Breivik, que admitiu a autoria do massacre, nesta sexta-feira (19).
?O tribunal decidiu extender [a prisão] porque a polícia está preocupada que [Breivik] pode tentar ocultar provas policiais e a corte concordou?, disse o juiz Hugo Abelseth.
Segundo o juiz, Breivik descreveu seu isolamento como ?um sádico método de tortura?. ?A questão dos direitos humanos está sendo considerada, mas a corte decidiu que há justificativa?, disse o magistrado.
A polícia pediu a prorrogação das condições da prisão para poder manter Breivik em isolamento.
O limite de quatro semanas para confinamento solitário termina na segunda-feira. A polícia afirma que as condições de isolamento estão ajudando os investigadores a descobrir exatamente o que aconteceu.
De acordo com as regras norueguesas, Breivik provavelmente ficará preso até que seja julgado daqui a um ano, mas as condições sob a qual ele será mantido podem ser relaxados durante esse período .
Anders Behrin Breivik admitiu ter matado 77 pessoas no mês passado, inclusive oito em um ataque a bomba no centro de Oslo.
A audiência desta sexta-feira no tribunal em Oslo, sobre as condições de detenção de Breivik, foi fechada para o público, atendendo a pedido dos investigadores da polícia. Eles dizem querer evitar que Breivik se comunique com potenciais cúmplices. Por enquanto, a polícia diz acreditar que Breivik agiu sozinho.
Homenagens e explicações
A cerca de 40 quilômetros do local, aproximadamente 500 parentes das vítimas se reuniram na ilha de Utoeya para prestar homenagens e ouvir as explicações da polícia sobre exatamente onde e como foram mortos.
"Mostraremos a eles exatamente onde as pessoas foram encontradas e daremos detalhes da investigação forense", disse Ketil Haukaas, vice-diretor do Serviço Nacional de Investigação da Noruega.
Desde os ataques, a polícia norueguesa tem sido criticada pela forma como respondeu ao ataque. Parentes das vítimas e informações na mídia indicam que a resposta da polícia pode ter sido muito lenta.