Justiça mantém opositor venezuelano preso e pena pode chegar a 10 anos

A audiência, que estava prevista para hoje ao meio dia depois de ter sido adiada na tarde de ontem, foi conduzida durante a madrugada

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A Justiça da Venezuela determinou na madrugada desta quinta-feira, 20, a prisão temporária de 45 dias do líder opositor Leopoldo López, detido há dois dias no presídio militar de Ramo Verde, em Los Teques.

A audiência, que estava prevista para hoje ao meio dia depois de ter sido adiada na tarde de ontem, foi conduzida durante a madrugada, em um tribunal móvel montado em um ônibus e levado ao presídio com a justificativa de garantir a segurança do dirigente do partido Vontade Popular. Se condenado, López pode pegar dez anos de prisão.

A decisão foi tomada pela juíza da 16ª Vara de Justiça de Caracas, Ralenis Tovar Guillén, a mesma que pediu a prisão de López após os protestos estudantis da semana passada. Até ontem, seis pessoas morreram na onda de violência em todo país.

Segundo o jornal El Universal, o Ministério Público pediu o indiciamento de López pelos crimes de dano a prédios públicos, incitação ao crime e associação ao crime. A puniçao por outros seis crimes, entre eles os de terrorismo, homicídio e lesão corporal foram descartados.

O advogado de López, Juan Carlos Gutierrez, considerou a decisão de fazer a audiência na prisão arbitrária. "Neste momento, o Palácio de Justiça é o local mais seguro e protegido da Venezuela", disse. "Não há outro lugar melhor preparado em questao de segurança como ele."

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