Justiça da Venezuela pede prisão de Javier Milei e duas ministras da Argentina

O governo venezuelano solicitou a prisão do presidente argentino Javier Milei e suas ministras por suposto roubo de avião e violações de direitos humanos.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, durante pronunciamento em Caracas | AFP
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O governo chavista da Venezuela anunciou, nesta quarta-feira (19) que a Justiça do país deverá solicitar a prisão do presidente argentino Javier Milei e de suas ministras, Karina Milei e Patricia Bullrich. O procurador-geral Tarek William Saab, aliado de Nicolás Maduro, alegou que a investigação se concentra no suposto roubo de um avião venezuelano e em violações de direitos humanos sob a administração Milei.

INVESTIGAÇÃO

Tarek Saab disse que parte da investigação contra o presidente argentino e suas ministras se deve à apreensão de um avião cargueiro venezuelano na Argentina, a pedido dos Estados Unidos, devido às sanções internacionais. O veículo foi enviado aos EUA e, segundo Caracas, completamente desmontado. A aeronave em questão, um Boeing 747 de carga, pertencia à Emtrasur —filial da companhia aérea estatal venezuelana Conviasa— e havia sido vendida para a ditadura por uma empresa do Irã, a Mahan Air.

TENSÃO

Embora a medida tenha um impacto simbólico, ocorre em um contexto de crescente tensão, já que na Argentina avança uma ação judicial que pode pedir a prisão de Maduro e de outros líderes do chavismo como o agora ministro do Interior e número 2 do chavismo, Diosdado Cabello. Ex-presos políticos e ex-deputados venezuelanos asilados na Argentina têm falado a um tribunal de Buenos Aires para compor as denúncias.

Com a Argentina se distanciando de Maduro sob a presidência de Milei, o cenário político se torna cada vez mais tenso. A embaixada argentina em Caracas, atualmente sob a proteção do Brasil, abriga seis asilados políticos que desafiam o regime chavista.

Com informações da Folha de São Paulo

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