Acusado de abuso sexual é solto e juiz explica: “Ele sairia pior”

Christopher Arno, de 21 anos, estava sendo julgado nesta semana a 18 meses de prisão por baixar imagens de abuso sexual infantil

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Christopher Arno, de 21 anos, estava sendo julgado nesta semana a 18 meses de prisão por baixar imagens de abuso sexual infantil. Porém, o rapaz, mesmo se declarando culpado das acusações, saiu livre do tribunal porque o Juiz Alistair McCreath, em Southwark, Inglaterra, declarou que se ele fosse preso voltaria pior da prisão.

Arno, que foi preso com 874 imagens de pornografia infantil na casa de sua avó, em maio deste ano, disse ao policiais que baixou os arquivos para "passar o tempo", mas que tinha vergonha de suas ações.

"As pessoas ficam revoltadas com quem olha este tipo de material. E é compreensivel que eles achem que as pessoas que o veem deveriam ser presas. O problema é que a pena de prisão que eu poderia passar seria muito curta e você, sem dúvida, sairia pior do que quando entrou. Você até poderia vir a ser algum perigo para a população, coisa que não o acho que seja atualmente". Essa foi a declaração do Juiz que o setenciou a 12 meses de trabalhos comunitários, assinou seu nome no registro de criminosos sexuais, além de proibí-lo de usar um computador que não armazene seus movimentos na Internet.

A decisão do Juiz provocou uma reação furiosa de ativistas. Emma Clarke, da campanha contra o abuso infantil, disse: "estas pessoas devem ser presas por tanto tempo quanto possível, independentemente de com quem se misturam nas prisões. As crianças precisam ser protegidas e é absolutamente escandaloso que os direitos do criminoso estejam sendo colocados acima das vítimas". Claude Knights, da casa de caridade Kidscape, disse que o download de imagens degradantes de crianças é um crime grave que deve ser refletido em sua sentença. "Isso foi uma mensagem positiva para todos os "predadores" que fazem mau uso da Internet".

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