Uma adolescente britânica descobriu um tumor do tamanho de uma laranja no cérebro durante um exame de vista de rotina.
Chloe Jones, de 17 anos, havia marcado o exame por achar que estava com problemas de visão, após sentir dores de cabeça.
O que ela achava que poderia ser miopia, porém, era na verdade um tumor benigno que estava pressionando seu nervo ótico.
Os médicos acreditam que o tumor havia crescido em sua cabeça desde seu nascimento.
Apesar de ter 10 centímetros de diâmetro, o tumor não havia provocado nenhum outro sintoma óbvio, mas seu tamanho o tornava uma ameaça à vida da adolescente.
Dois dias depois, ela passou por uma operação de seis horas para a retirada do tumor no hospital da Universidade do País de Gales, em Cardiff, que incluiu a abertura do crânio.
Oito meses após a cirurgia, Chloe já retomou sua antiga rotina, sem nenhuma sequela tanto do tumor quanto da cirurgia.
Cabelo
"É uma loucura pensar que eu tinha uma coisa daquele tamanho dentro da minha cabeça e que eu não sabia de nada", afirmou a menina à BBC.
"Eu tinha dores de cabeça ao ler na escola, mas eu achava que talvez só precisasse de óculos - por isso fui ao oftalmologista", disse.
"Além disso, eu tinha uma veia na minha têmpora que costumava ficar saltada quando eu ficava brava, mas aparentemente era o tumor pressionando os vasos sanguíneos", contou.
Apesar disso, ela disse não ter ficado muito preocupada com os riscos da cirurgia.
"Eu poderia ter ficado cega, ou mesmo morrido, mas eu estava mesmo é preocupada com o que a operação ia fazer com meu cabelo", disse.
Nervosismo
O optometrista que fez a descoberta, Brian Borland, diz ter ficado mais nervoso do que Chloe durante a consulta.
"Esse é o tipo de coisa para a qual estamos treinados a olhar num exame de vista, mas ainda assim não é algo comum", disse.
"Eu já tinha visto dois ou três casos em oito anos como optometrista, mas nunca em alguém tão jovem como Chloe", afirmou.
"Eu estava muito nervoso, porque os optometristas estão acostumados a serem capazes de resolver os problemas, então não temos tanta prática em dar más notícias", disse.