Jornal revela vídeo de rebeldes matando soldados sírios capturados

Os prisioneiros, sete ao todo, são soldados sírios capturados.

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Os rebeldes sírios estavam posando casualmente para o vídeo: em pé, ao lado de seus prisioneiros, com suas armas de fogo apontadas para baixo, diretamente para os homens aterrorizados e sem camisa.

Os prisioneiros, sete ao todo, são soldados sírios capturados. Cinco estavam amarrados, com as costas marcadas com vergões vermelhos. Eles mantinham seus rostos pressionados contra o solo poeirento enquanto o comandante dos rebeldes recitava um pungente versículo revolucionário.

"Durante 50 anos, eles foram companheiros da corrupção", disse ele. "Nós juramos ao Senhor do Trono, e este é o nosso juramento: nós vamos nos vingar".

Quando o poema terminou, o comandante, conhecido como "o Tio", disparou uma bala na parte de trás da cabeça do primeiro prisioneiro. Seus homens armados seguiram o exemplo, prontamente matando todos os homens que estavam aos seus pés.

Esta cena, documentada em um vídeo contrabandeado para fora da Síria há alguns dias por um ex-rebelde que ficou revoltado com os assassinatos, oferece um insight sombrio sobre a grande quantidade de rebeldes que passaram a adotar táticas brutais e cruéis, semelhantes às utilizadas pelo regime que eles estão tentando derrubar.

Enquanto os Estados Unidos discutem se devem ou não apoiar a proposta do governo Obama, de acordo com a qual as forças sírias deveriam ser atacadas por terem usado armas químicas contra civis, este vídeo, gravado em abril, vem se juntar ao crescente conjunto de evidências que mostram um ambiente cada vez mais pontilhado por crimes e povoado por bandos de salteadores, sequestradores e assassinos.

O vídeo também oferece um lembrete sobre o quebra-cabeça da política externa enfrentado pelos Estados Unidos em sua busca por aliados rebeldes, enquanto alguns membros do congresso norte-americano, incluindo o senador John McCain, pressionam para que a oposição síria receba um apoio militar mais robusto.

Nos mais de dois anos de duração da guerra civil na Síria, uma grande parte da oposição local formou uma estrutura flexível de comando que tem encontrado o apoio de vários países árabes e, em um grau mais limitado, do Ocidente. Outros membros da oposição assumiram um matiz extremista e se aliaram abertamente à Al Qaeda.

Em grande parte da Síria, onde os rebeldes que têm apoio ocidental vivem e lutam, áreas fora da influência do governo evoluíram e se transformaram numa complexa paisagem onde grassam as guerrilhas e o crime.

Isso levantou a possibilidade de que uma ação militar norte-americana poderia, inadvertidamente, fortalecer os extremistas islâmicos e os criminosos.

Abdul Samad Issa, 37, comandante rebelde que liderou seus combatentes durante as execuções dos soldados capturados, ilustra bem esse tipo de risco.

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