A repercussão do escândalo sexual que gerou uma crise na área do Serviço Secreto americano responsável pela segurança do presidente Barack Obama tem movimentado a mídia dos Estados Unidos.
O jornal "NY Daily News" divulgou as primeiras fotos da prostituta que teria feito o caso vir à tona, identificando-a como Danya Suarez. Já o "The New York Times", que afirma ter falado com a mulher, diz que o agente que negociou com ela ofereceu apenas cerca de US$ 30 na manhã seguinte, depois que eles já haviam acertado o valor de US$ 800.
O desacordo no valor teria originado um pequeno tumulto no hall do hotel de luxo em Cartagena, na Colômbia, onde a comitiva de segurança aguardava a chegada do presidente Obama para participação na Cúpula das Américas.
A disputa envolveu a mulher, uma segunda prostituta, policiais colombianos argumentando a favor das garotas de programa e agentes americanos que não conseguiram impedir que o assunto se estendesse, segundo a mídia americana.
Danya Suarez, de 24 anos, seria uma prostituta de luxo mãe de uma menina de 9 anos de idade, que mantém a discrição no bairro onde mora, não comentando sobre seu trabalho ou levando clientes para casa, segundo vizinhos.
O caso
Agentes do Serviço Secreto enviados à Colômbia para a proteção de Obama regressaram mais cedo aos Estados Unidos após "acusações de má conduta" na cidade colombiana, segundo o chefe do órgão, Edwin Donovan.
Informações preliminares indicam que agentes do Serviço Secreto levaram prostitutas para seus quartos em um hotel de Cartagena na noite de quarta-feira passada e tiveram uma briga envolvendo o pagamento de uma das mulheres.
De acordo com a senadora Susan Collins, que denunciou o caso, os agentes secretos levaram para seus aposentos pelo menos 20 mulheres nos dias anteriores a VI Cúpula das Américas, realizada no último fim de semana na colombiana Cartagena.
"Cerca de 20 mulheres foram levadas para o hotel, mas existem marinheiros que supostamente também estão envolvidos no caso", afirmou Collins.
O governo americano decidiu na última sexta-feira (13) repatriar os 11 agentes e outros oficiais por "má conduta", após serem acusados de levar prostitutas para o hotel onde estavam hospedados em Cartagena. Posteriormente, eles tiveram suas credenciais suspensas, e três deles já deixaram o Serviço Secreto.