O Japão aprovou nesta sexta-feira (22) um orçamento suplementar de 4 trilhões de ienes (US$ 48 bilhões de dólares) para financiar a primeira fase de reconstrução do nordeste do país, devastado pelos dois grandes desastres naturais de 11 de março: terremoto de magnitude 9 e tsunami.
A verba suplementar, que completa o Orçamento para o atual ano fiscal, precisa do aval do Parlamento para ser adotada definitivamente. O exame da proposta deve ocorrer no dia 28 de abril.
Outra verba suplementar ainda será analisada pelo governo japonês, para iniciar a segunda fase de reconstrução do país.
O governo prevê US$ 14,6 bilhões para o reparo de infraestruturas públicas e US$ 4,3 bi para a construção de residências provisórias, alem de verbas para o tratamento de escombros, restauração de escolas e estruturas de proteção contra terremotos e tsunamis.
?O valor global é muito importante se comparado ao orçamento inicial para a reconstrução após o terremoto de Kobe (oeste), em 1995, que foi de 1,223 trilhão de ienes?, informou a TV estatal ?NHK?.
O ministro de Finanças do Japão, Yoshihiko Noda, disse que o novo orçamento não afetará a política de disciplina fiscal, cuja dívida pública ultrapassa o dobro do Produto Interno Bruto (PIB), a maior de um país industrializado.
O grande terremoto e as ondas gigantes de março afetaram, sobretudo, as províncias de Miyagi, Fukushima e Iwate, e deixaram 14.133 mortos e 13.346 feridos, segundo a última apuração policial, além de um prejuízo direto avaliado em US$ 306,2 bilhões.