Nesta segunda-feira (1º), o Exército de Israel começou a retirar tropas e tanques da Faixa de Gaza, marcando uma mudança estratégica significativa no conflito que se arrasta desde 7 de outubro de 2023. Esse movimento faz parte de um plano governamental que tenta reduzir a presença militar israelense no território palestino, após um ataque do grupo Hamas que resultou na morte de mais de 1,2 mil civis israelenses e na captura de centenas de reféns.
O impacto dessa reconfiguração já é evidente na Cidade de Gaza, no norte da Faixa de Gaza, onde tanques se deslocam em direção ao sul de Israel. Segundo o comunicado oficial, pelo menos duas brigadas, totalizando cerca de 4 mil soldados, serão retiradas do território do conflito, enquanto outras três serão destinadas a treinamento.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou a retirada das tropas e também a autorização para que moradores de algumas comunidades ao sul de Gaza retornem às suas casas. "Em breve, poderemos devolver as comunidades deslocadas às suas casas, em áreas num raio de quatro a sete quilômetros a norte da Faixa de Gaza. O primeiro grupo de sete comunidades já foi decidido e recebeu a mensagem", afirmou Gallant.
Entretanto, em meio a esses desenvolvimentos, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu enfatizou que o conflito continuará "por todas as frentes" ao longo deste ano, sem estabelecer um prazo para uma conclusão definitiva. Essa declaração sugere que, apesar da retirada parcial das tropas, a determinação israelense para alcançar uma vitória persiste.