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Israel acusa Irã na ONU de tentar matar Netanyahu e Trump

Conselho de Segurança vive sessão tensa após ofensiva israelense contra programa nuclear iraniano

Na ONU, Israel acusa Irã de ter tentado matar Netanyahu e Trump | Foto: Sarah Silbiger/Getty Images
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Em mais um capítulo da crescente tensão entre Israel e Irã, os dois países trocaram duras acusações durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta sexta-feira (20). O encontro, convocado em caráter emergencial pelo Irã, teve momentos de forte confronto verbal entre os representantes das nações, especialmente após a recente ofensiva israelense contra instalações do programa nuclear iraniano.

Durante a sessão, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, acusou o regime iraniano de promover publicamente a destruição de Israel e dos Estados Unidos, e afirmou que o país teria agido diretamente para tentar assassinar o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ex-presidente americano Donald Trump. Em tom indignado, Danon questionou a legitimidade da convocação feita pelo Irã ao Conselho:
“Como se atreve a pedir apoio contra as consequências de sua agenda genocida? Não tem vergonha?”, disparou ele contra o representante iraniano Amir-Saeid Iravani, que anteriormente havia acusado Israel de crimes de guerra.

Ofensiva e temor de escalada

A tensão entre os países atingiu novo pico na última semana, quando Israel lançou o que classificou como um “ataque preventivo” contra alvos ligados ao programa nuclear iraniano. Desde então, há uma escalada de bombardeios e trocas de acusações entre os governos.

Segundo o premiê Benjamin Netanyahu, o objetivo é enfraquecer permanentemente a capacidade nuclear do Irã. Ele prometeu intensificar os ataques contra “todas as bases iranianas” e apelou novamente ao apoio militar dos Estados Unidos para que a operação tenha maior impacto. Autoridades israelenses acreditam que danos mais profundos ao programa nuclear só serão possíveis com envolvimento direto norte-americano.

Apesar da tentativa de mediação internacional, um cessar-fogo ainda parece distante. A ONU busca evitar que o confronto bilateral se transforme em um conflito regional de proporções maiores, mas o cenário permanece instável.

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