Irã deve matar condenada a apedrejamento amanhã

Caso de Sakineh Mohammadi Ashtiani gerou mobilização da comunidade internacional

Sakineh Mohammadi Ashtiani | Arquivo
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A iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, cuja condenação ao apedrejamento por adultério provocou uma onda de manifestações na comunidade internacional, será executada nesta quarta-feira (3), afirma o Comitê Internacional contra o Apedrejamento (Icas, na sigla em inglês).

Em comunicado divulgado em seu site, o Icas afirma, sem citar suas fontes, que as autoridades iranianas ordenaram a execução de Sakineh na prisão de Tabriz, onde a iraniana está detida.

O comitê já tinha informado no último dia 11 que o filho de Sakineh tinha sido preso pela polícia iraniana junto ao advogado de sua mãe e a dois jornalistas alemães que pretendiam entrevistá-lo.

O governo da Alemanha confirmou posteriormente a detenção dos dois cidadãos, identificados pela imprensa como jornalistas do jornal Bild am Sonntag. Eles foram presos no dia 10 de outubro, em Tabriz, no noroeste do país.

O Icas convocou um protesto em Paris, na França, para esta terça-feira (2), às 14h locais (11h de Brasília) diante da Embaixada do Irã, bem como uma passeata em frente à sede do Parlamento Europeu, em Bruxelas, na Bélgica.

Sakineh Ashtiani, de 43 anos, mãe de dois filhos, foi condenada à morte por apedrejamento em 2006 por supostamente ter mantido relações sexuais com dois homens após a morte de seu marido.

Mais tarde, a iraniana também foi acusada de ser cúmplice no assassinato de seu marido e, desde então, permanece detida na prisão de Tabriz,. Por esse segundo suposto crime, ela foi condenada ao enforcamento.

A mobilização da comunidade internacional aumentou depois que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva - que mantém boas relações com o governante iraniano, Mahmoud Ahmadinejad - ofereceu refúgio a Sakineh, reivindicação que foi rejeitada pelas autoridades do Irã.

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