Sahar Tabar é acusada de crimes como blasfêmia (insulto a Deus e costumes sagrados) e instigação à violência, diz a agência de notícias Tasnim.
A ordem de prisão teria partido de uma Corte em Teerã, capital iraniana, que lida com "crimes culturais, e corrupção moral e social". Tabar ganhou fama mundial no ano passado depois que suas fotos viralizaram na internet.
Embora haja rumores de que ela tenha se submetido a mais de 50 cirurgias plásticas para se parecer com a atriz, a maioria das imagens teria passado por um processo intenso de edição digital.
Quem é Sahar Tabar?
A jovem de 22 anos atraiu a atenção do mundo com fotos e vídeos nos quais ela parece a versão "zumbi" de Angelina Jolie, diz o jornalista da BBC Oriente Médio Sebastian Usher.
Com bochechas enxertadas, lábios inchados e nariz extremamente arrebitado, ela provocou discussões sobre os excessos de cirurgias plásticas.
Em algumas fotos, Tabar aparece com esparadrapos no nariz, indicando que teria passado por uma plástica, e usando um hijab frouxo sobre os cabelos.
Após fascinar e horrorizar seus mais de 26,8 mil seguidores no Instagram, ela também deu indicações de que boa parte da sua aparência fantasmagórica se devia a maquiagem e edição digital — na realidade, ela havia se transformado numa espécie de instalação artística.
O que se sabe sobre a prisão
Tabar foi presa após a polícia receber reclamações contra ela, diz a agência Tasnim. Ela é acusada de blasfêmia, instigação à violência, aquisição ilegal de propriedade, insultar o código de vestimenta do país e de encorajar jovens à corrupção moral.
Desde então, a conta dela no Instagram foi deletada. Tabar passa a integrar uma longa lista de influenciadores e blogueiros iranianos punidos e perseguidos por violações às duras leis do país.
O Instagram é a única grande rede social permitida no Irã. Facebook, Twitter e Telegram foram oficialmente banidos lá.
A notícia sobre a prisão de Tabar gerou protestos na internet, com comentários irônicos dizendo que ela deveria ter se envolvido com crimes menos "incendiários", como assassinato e desvio de recursos públicos.