Novos incêndios florestais mataram cinco pessoas e destruíram centenas de casas no sul da Rússia, onde as autoridades mobilizaram nesta sexta-feira importantes efetivos para combater as chamas atiçadas pelo forte vento.
Depois que a temperatura diminuiu em Moscou desde a onda de calor sem precedentes que afetou a capital russa em julho e agosto, o termômetro alcançava quase os 40 graus Celsius nas regiões afetadas pelos incêndios.
"Segundo nossas informações, os corpos de cinco pessoas foram encontrados na área do incêndio, mas são informações preliminares", declarou à agência RIA Novosti o diretor do comitê de investigação da promotoria da região de Volgogrado, Mikhail Murzayev.
O fogo destruiu mais de 500 imóveis, a maioria casas, e cerca de mil habitantes foram evacuados, segundo o ministério das Situações de Emergência.
Dois helicópteros e aviões-tanques foram mobilizados para lutar contra o fogo na região de Volgogrado, segundo a mesma fonte.
Novos incêndios também ocorreram na região de Saratov, 700 kms a leste de Moscou, onde 30 edifícios foram destruídos, sem registro de vítimas.
Em Togliatti, importante cidade industrial da bacia do Volga, situada a mil quilômetros de Moscou, no centro do país, foi decretado estado de emergência na noite de quinta-feira devido ao avanço do fogo para as zonas habitadas.
Frente à situação, as autoridades russas tomaram rapidamente medidas de emergência depois de terem sido duramente criticadas por sua demora em reagir após os incêndios florestais dos últimos meses.
Por sua parte, o primeiro-ministro Vladimir Putin anunciou uma ajuda estaal de um bilhão de rublos (25 milhões de euros) para as regiões atingidas, sendo que 900 milhões de rublos serão apenas para a região de Volgogrado, a mais afetada.
Os incêndios que atingiram a Rússia em julho e agosto devastaram um milhão de hectares de florestas, com um balanço de mais de 50 mortos.
Também ameaçaram vários centros nucleares importantes, entre os quais Sarov, 500 km a leste de Moscou.
O estado de emergência foi suspenso em 23 de agosto, na última das sete regiões da parte ocidental do país onde havia sido decretado.