Incêndio que atinge Valparaíso faz primeiras vítimas no Chile

Duas pessoas morreram e 500 casas foram destruídas pelas chamas

Equipes dos bombeiros trabalham no combate ao fogo | AFP
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O incêndio de grandes proporções que atinge a cidade de Valparaíso, no Chile, causou duas mortes, destruiu 500 casas e deixa pelo menos três mil desalojados, segundo informações da agências de notícias EFE e Reuters. As chamas tiveram início por volta das 16h deste sábado (12) em uma área florestal em La Pólvora, mas o forte vento fez com que se propagasse para as regiões povoadas das colinas La Cruz, El vergel e Mariposas.

Unidades de bombeiros, policiais, equipes aéreas e terrestres da Corporação Nacional Florestal e do Escritório Nacional de Emergência trabalham no combate ao fogo, que alcança uma área de 270 hectares.

Desde o início das chamas era possível avistar uma enorme coluna de fumaça, que também pode causar problemas respiratórios, especialmente na população infantil e nos idosos. Por causa dessa fumaça, a cidade está em alerta vermelho, assim como a cidade vizinha de Viña del Mar.

A maioria das casas de Valparaíso (que fica a 120 quilômetros de Santiago), onde vivem cerca de 250 mil pessoas, é construída com material leve, facilmente inflamável, o que unido ao vento faz com que os incêndios sejam frequentes.

Estado de exceção

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, assinou na noite deste sábado um decreto que declara estado de exceção e área de catástrofe em Valparaíso, castigada pelo incêndio. A informação foi divulgada pelo ministro do Interior, Rodrigo Peñailillo, ao término de um comitê de emergência realizado em Santiago do qual também participaram o titular da Defesa, Jorge Burgos, e o diretor do Escritório Nacional de Emergência, Ricardo Toro.

Após informar à imprensa, o ministro partiu rumo a Valparaíso, por indicação da presidente Bachelet, "para tomar todas as medidas que forem necessárias para o controle do incêndio, da segurança e da ordem pública".

Da mesma forma que aconteceu dias atrás com o terremoto ocorrido no extremo norte do país, que deixou seis mortos e graves danos materiais, a governante decretou rapidamente o estado de exceção constitucional, o que outorga às Forças Armadas o comando para garantir a ordem e a segurança, além de coordenar os trabalhos de evacuação.

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