Uma passageira morreu, e dois membros da tripulação ficaram feridos, quando homens armados não identificados abriram fogo em um avião em Peshawar, no noroeste do Paquistão, procedente da capital saudita, Riad, com mais de 170 pessoas a bordo, informaram a polícia e a empresa PIA.
O incidente ocorreu na noite desta terça, quando a aeronave da Pakistan International Airlines (PIA) se aproximava do aeroporto. O avião conseguiu aterrissar sem problemas, de acordo com o o porta-voz da companhia aérea, Mashud Tajwar.
? Os disparos foram feitos do lado de fora do aeroporto. Uma passageira e dois comissários ficaram feridos. A passageira morreu depois no hospital ? completou Tajwar.
O autor ou autores dos disparos atingiram o avião quando o aparelho estava a 1.500 metros de altitude, segundo o oficial da polícia Najeeb Ur Rehman, convencido de que quase ocorreu uma catástrofe.
Os voos no Aeroporto Internacional Bacha Khan, em Peshawar, foram suspensos temporariamente após o tiroteio, afirmou o oficial de polícia Muhammad Faisal. Segundo ele, de quatro a cinco tiros atingiram o avião.
O ataque ocorreu depois de o Exército paquistanês ter lançado, em 16 de junho, uma ofensiva militar de ampla envergadura no mais perigoso departamento tribal do Waziristão Norte, ao longo da fronteira com o Afeganistão. Essa área abriga talibãs e militantes ligados à rede al-Qaeda.
Nesta terça, o grupo Ansar-ul-Mujahedin, uma facção do talibã paquistanês, ameaçou cometer mais ataques depois de ter assumido a autoria de um ataque suicida com carro-bomba no Waziristão Norte. Dois soldados e um civil morreram no episódio.
?É o começo da nossa ofensiva, e vamos lançar ataques contra os governos e os companheiros tribais locais, se formarem uma força anti-talibã ?, prometeu o porta-voz do grupo, Abu Baseer, que falou por telefone com a AFP de uma localidade não revelada.
As autoridades ainda não responsabilizaram qualquer grupo pelo incidente no aeroporto de Peshawar, mas, na semana passada, militantes talibãs haviam alertado empresas e companhias internacionais para que encerrassem seus negócios no país. Caso contrário, seriam atacadas na sequência da ofensiva militar.