Homem que sequestrou e estuprou três mulheres pode ter morrido durante masturbação em cela

Castro foi encontrado morto em sua cela, na prisão da cidade Orient, em Ohio, no último dia 3 de setembro

Ariel foi condenado por estupro e espancamento de três mulheres | Reuters
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Ariel Castro, o homem que manteve três mulheres sequestradas por quase uma década em Cleveland (EUA), pode ter morrido asfixiado por acidente durante uma prática autoerótica em que a emissão de oxigênio para o cérebro é reduzida com o objetivo de aumentar o prazer durante o orgasmo.

Castro foi encontrado morto em sua cela, na prisão da cidade Orient, em Ohio, no último dia 3 de setembro. Na época, oficiais do presídio disseram que ele cometeu suicídio. No entanto, foi revelado nesta quinta-feira (10) que dois guardas da penitenciária falsificaram documentos que registravam toda a movimentação do sequestrador na cela.

Quando foi encontrado morto, Castro tinha as calças abaixadas o que levou a polícia a considerar a possibilidade de asfixia autoerótica, de acordo com um documento publicado pelo Departamento de Reabilitação e Correção de Ohio.

Castro não deixou nenhuma carta de despedia e "várias avaliações" feitas com ele não encontraram tendência para o suicídio, disse o relatório.

Entenda o caso

Em maio deste ano, as três vítimas de Castro --as jovens Amanda Berry, 27, Gina DeJesus, 23, e Michelle Knight, 32-- conseguiram escapar da casa de Castro, onde foram mantidas em cativeiro por dez anos. Ele foi preso logo depois de Berry chamar a polícia pelo telefone de um vizinho.

Desaparecidas entre 2002 e 2004, quando tinham 14, 16 e 20 anos, todas aceitaram caronas de Castro, um ex-motorista de ônibus. Durante o período de cativeiro, Castro se aproximou da família de uma de suas reféns e chegou a participar de uma vigília organizada quando ela estava sumida.

O ex-motorista também é acusado de provocar ao menos cinco abortos em uma das mulheres, que foi espancada e passou fome até perder os bebês.

Durante o julgamento, Michelle Knight, 32, deu um depoimento emocionado afirmando que Castro "a fez viver 11 anos em um inferno".

Um memorando detalhado dos atos de Castro, apresentado pelo procurador afirmava que as jovens não tinham acesso ao único banheiro da casa, localizado no primeiro andar. "Elas só tinham acesso a banheiros de plástico nos quartos. Eles eram esvaziados com pouca frequência", disse. Segundo o promotor, Castro usava o "frio do porão" e o "calor do sótão" como técnicas de tortura das garotas.

Em 1º de agosto, Castro foi condenado à prisão perpétua após de declarar culpado em mais de 900 acusações, entre elas sequestro e estupro. (Com AP)

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