Um americano de 45 anos foi condenado a 89 dias de prisão por fingir ter se afogado durante um passeio de caiaque no Lago Green, em Wisconsin (EUA). Ryan Borgwardt, casado e pai de três filhos, recebeu a sentença na terça-feira (26) após se declarar culpado de obstrução de justiça, segundo a emissora WISN 12 News.
O juiz Mark Slate também determinou que Borgwardt pague US$ 30 mil (cerca de R$163,4 mil) em indenização para cobrir parte dos custos das buscas, que ultrapassaram US$ 50 mil (aproximadamente R$272 mil).
Entenda o caso
Borgwardt desapareceu em agosto de 2024, quando seu caiaque foi encontrado virado no lago, a cerca de 160 km de Milwaukee. As buscas se estenderam por quase dois meses, até que investigadores descobriram que ele havia simulado a morte para viver com uma mulher do Uzbequistão, conhecida pela internet.
De acordo com a promotoria, ele havia tomado uma série de medidas antes do desaparecimento: reverteu uma vasectomia, solicitou um novo passaporte, abriu conta bancária, pesquisou transferências internacionais e contratou um seguro de vida avaliado em mais de R$ 2 milhões.
Rota da fuga
Após abandonar o lago, o homem percorreu cerca de 100 km de bicicleta elétrica até Madison, seguiu de ônibus até Detroit, cruzou a fronteira com o Canadá e viajou para Paris e, em seguida, para a Geórgia, no leste europeu. Ele foi capturado em novembro de 2024 e convencido a retornar aos Estados Unidos em dezembro.
No julgamento, Borgwardt disse estar arrependido do sofrimento causado à família e amigos. Seu advogado afirmou que o réu voltou voluntariamente ao país para “fazer as pazes” e já havia quitado a indenização. Quatro meses após o retorno, sua esposa Emily, com quem foi casado por 22 anos, entrou com pedido de divórcio, alegando que o casamento estava “irremediavelmente quebrado”.