Anders Behring Breivik, 33, condenado a 21 anos de prisão pelo massacre de 77 pessoas na Noruega, no ano passado, sorriu ao ouvir o veredicto da justiça, fez a saudação da extrema-direita e pediu desculpas aos extremistas por não ter conseguido matar mais pessoas no ataque, numa prova de que o assassino em massa norueguês permaneceu desafiador até o fim.
Para o autoproclamado guerreiro em batalha contra o multiculturalismo e a "invasão do Islã", a sentença máxima de 21 anos de prisão e, não o confinamento em um hospital psiquiátrico, foi a melhor possível.
Ele já havia dito que ser enviado para uma instituição psiquiátrica - como pedido pelos promotores - seria um destino "pior do que a morte", pois assim sua visão de mundo seria desacreditada e atribuída ao desequilíbrio de um lunático.
Breivik entrou no tribunal com a barba aparada e um terno escuro. Quando ficou com as mãos livres das algemas, imediatamente estendeu o braço com o punho fechado, em sua já tradicional saudação extremista.
Ele anteriormente havia explicado que essa saudação "simboliza a força, a honra e o desafio ante os tiranos marxistas da Europa", a quem ele culpa por promover o multiculturalismo e criar uma "Eurábia".
Na maior parte do tempo, Breivik permaneceu impassível, rabiscando com uma caneta - flexível, para não ser usada como arma - e ocasionalmente tomando goles de água, enquanto os juízes faziam a leitura da sentença.