Um homem ateou fogo ao próprio corpo nesta segunda-feira (17) próximo ao palácio presidencial de Nuakchot, na Mauritânia, porque estava descontente com a situação política e o regime do país.
Yacub Uld Dahud, de 43 anos, parou seu carro diante do Senado, situado a alguns metros da Presidência, e cometeu o ato no interior do veículo.
A polícia chegou rapidamente no local e levou o homem ao hospital, onde ele está sendo tratado de queimaduras no rosto e nos pés.
A Mauritânia é dirigida por Mohamed Uld Abdel Aziz, general que chegou ao poder por um golpe militar em agosto de 2008, e depois foi eleito presidente da República em julho de 2009.
Uld Dahud é um empresário com situação financeira confortável, se comparada a da maioria dos quase três milhões de habitantes do país.
Mais cedo, outro homem ateou fogo ao próprio corpo em frente à sede da Assembleia do Povo no Cairo.
A polícia chegou em seguida e tentou apagar as chamas. Depois, uma ambulância levou o homem para um hospital.
Ato semelhante desencadeou revolução na Tunísia
Em 17 de dezembro, um vendedor ambulante tunisiano de 26 anos, Mohamed Buazizi, ateou fogo ao próprio corpo para protestar contra o confisco de sua mercadoria pela polícia, desencadeando uma onda de protestos que culminou com a queda do presidente Zine El Abidine Ben Ali.
Desde então, gestos semelhantes foram registrados na Tunísia e na Argélia.