A ativista climática Greta Thunberg embarcou neste domingo (1º) em uma nova missão: desta vez, não pelo meio ambiente, mas em defesa da vida na Faixa de Gaza. Ao lado de outros 11 ativistas, entre eles o ator Liam Cunningham e a eurodeputada Rima Hassan, a sueca partiu da Sicília, no sul da Itália, em um navio com destino ao território palestino para protestar contra o bloqueio imposto por Israel e levar ajuda humanitária.
Durante coletiva antes da partida, Greta chorou ao afirmar que a omissão diante da crise representa “um genocídio transmitido ao vivo”. A jovem criticou o silêncio da comunidade internacional e reforçou que “o momento em que paramos de tentar é quando perdemos nossa humanidade”.
Bloqueio sob críticas
O navio deve levar sete dias para alcançar Gaza, caso não seja interceptado, como ocorreu em uma tentativa anterior em maio. O grupo espera romper simbolicamente o cerco e expor a dificuldade de acesso à região. Apesar de uma flexibilização parcial do bloqueio anunciada por Israel, agências humanitárias relatam que a entrada de suprimentos ainda é extremamente limitada.
Israel, por sua vez, nega as acusações de genocídio e trata as críticas como antissemitas. O governo justifica o bloqueio como uma medida para pressionar o Hamas a libertar os reféns feitos durante o ataque de 7 de outubro de 2023. Desde então, mais de 52 mil palestinos já morreram na ofensiva, segundo autoridades de saúde de Gaza.
A missão de Greta e dos demais ativistas, além de levar ajuda, visa reacender o debate global sobre o impacto humanitário do cerco e a urgência de soluções diplomáticas para o conflito.