Os principais sindicatos gregos convocaram para esta quarta-feira (23) uma nova greve geral de 24 horas que ameaça paralisar o país, em uma nova mostra da queda de braço entre trabalhadores e governo pela dura política de austeridade para reduzir a enorme dívida do país. Durante os protestos, em frente ao Parlamento, em Atenas, policiais foram atingidos por bombas jogadas por manifestantes.
Policias tentam escapar das chamas depois que uma bomba foi atirada em frente ao Parlamento em Atenas, nesta quarta-feira (23).
Na primeira greve geral deste ano, e após dez meses de aplicação de severos ajustes econômicos, os sindicatos convocaram os cidadãos para protestar contra os cortes com os quais o Executivo pretende reduzir o déficit em 30 bilhões de euros nos próximos três anos.
Os hospitais públicos atenderão nesta quarta-feira apenas casos de urgência, enquanto os colégios e os maternais não abrirão suas portas e a união de comerciantes da Grécia planeja o fechamento das lojas.
Um policial é atingido pelas chamas e seu colega tenta ajudá-lo. Bomba foi jogada por manifestantes nesta quarta-feira (23), em frente ao Parlamento em Atenas. (Foto: Reuters)Um policial é atingido pelas chamas e seu colega tenta ajudá-lo.
Farmacêuticos e empregados de bancos participarão da greve, que também fará com que não funcionem prefeituras, ministérios e empresas públicas.
Atenas ficará sem transporte público, à exceção do metrô, cujo serviço levará os grevistas às manifestações. Já os jornalistas protagonizarão um blecaute informativo.
Os sindicatos esperam uma ampla participação na greve de hoje, "para que sirva de mensagem ao governo que o povo não pode mais viver com os cortes em suas receitas, desemprego, alta de impostos e cortes nas aposentadorias", declarou à Agência Efe o porta-voz da União de Funcionários Civis, Vasilis Xenakis.