Ao menos 217 pessoas morreram e outras 1090 ficaram feridas no terremoto de magnitude 7,2 que atingiu o leste da Turquia no domingo (23), segundo uma nova apuração divulgada pelo ministro do Interior, Idris Naeem Sahin.
Na cidade de Van, morreram cem pessoas e 117 no distrito de Ercis, disse o ministro, embora tenha assegurado que ainda há muitas pessoas sob os escombros e que existe muita preocupação com vários povoados da região que ficaram totalmente destruídos.
Só em Ercis, pelo menos 55 prédios ficaram totalmente destruídos, muitos deles blocos de apartamentos.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan pediu aos cidadãos que "não entrem nos edifícios que sofreram danos", devido ao perigo de continuarem acontecendo réplicas, como a de 5,7 graus registrada às 20h45 locais (18h45 de Brasília), dez horas depois do tremor principal.
Erdogan assegurou que os trabalhos de resgate continuarão toda a noite.
O primeiro-ministro informou que serão instaladas casas portáteis e tendas de campanha para acolher aqueles que perderam seus lares para protegê-los das baixas temperaturas.
"Não deixaremos nossos cidadãos sozinhos no frio do inverno", prometeu o primeiro-ministro.
Erdogan também agradeceu o apoio de diferentes países, como Azerbaijão, Bulgária e Irã, e de outros Estados que também se comprometeram a ajudar nos trabalhos de salvamento.
O epicentro do terremoto aconteceu a apenas cinco quilômetros de profundidade, o que fez com que seus efeitos na superfície equivalessem ao de um tremor de 8 ou 9 graus de magnitude, como informaram os analistas do Centro Sismográfico Kandilli da Universidade do Bósforo, em Istambul.
O professor Mustafa Erdik, diretor do centro Kandilli, estimou que cerca de 4.000 prédios podem ter ficado danificados, 600 deles de forma irreversível, e que umas 50 construções desabaram completamente.
Além disso, calculou que entre 700 e mil pessoas podem ter morrido na tragédia.