O governo da Colômbia anunciou nesta quinta-feira (9) que vai dar todas as garantias de segurança para que a guerrilha das Farc libertem cinco reféns "o mais rápido possível". A ex-senadora Piedad Córdoba foi autorizada a intermediar o processo de libertação.
No comunicado de quatro pontos, o governo do presidente Juan Mamuel Santos disse que "está disposto a garantir todas as condições de segurança requeridas para a mencionada libertação o mais rápido possível". O governo também voltou a pedir a libertação imediata de todos os demais reféns.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia haviam anunciado na véspera a intenção de soltar unilateralmente os cinco reféns, em um "gesto de boa vontade". Os libertados incluiriam três militares e dois políticos locais.
Em comunicado publicado no site Anncol, a guerrilha disse que a libertação seria um desagravo a Córdoba, ex-negociadora com a guerrilha, que perdeu seu mandato de senadora acusada pela Procuradoria Geral de vínculos escusos com as Farc.
As Farc informaram que os reféns serão libertados "como um gesto de humanidade e de desculpas à senadora da paz".
Os prisioneiros são o policial Guillermo Solórzano, o cabo do Exército Salín Sanmiguel, e o marinheiro Henry López Martínez, e os presidentes das câmares municiais de San José del Guaviare, Marcos Vaquero, e de Garzón Huila, Armando Acuña.
"A decisão está tomada, e a data dependerá das garantias que serão dadas pelo governo para que a senadora Córdoba possa receber aqueles que serão libertados", diz o comunicado.
Córdoba foi destituída e perdeu seus direitos políticos por 18 anos acusada de relações e favorecimento às Farc, maior grupo rebelde da Colômbia.