Freira de 83 anos nos Estados Unidos é condenada por invadir usina nuclear

Irmã Megan Rice e dois ativistas realizavam protesto antinuclear

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Um freira católica de 83 anos e dois ativistas foram condenados nesta quarta-feira (8) pela Justiça dos EUA, pelos danos causados durante uma invasão a uma planta nuclear. A irmã Megan Rice e os ativistas Michael Walli, 64, e Greg Boertje-Obed, 56, admitiram terem cortado a cerca e entrado na planta Y-12, em Oak Ridge, no estado americano de Tennessee, que processa e armazena urânio enriquecido, usado para bombas nucleares.

O incidente, ocorrido em julho de 2012, desencadeou mudanças nos planos de segurança do local.

A sentença dos três condenados ainda não foi definida, mas pode chegar a até 20 anos de prisão, por sabotagem à usina.

Mas advogados de defesa dizem que os ativistas realizaram apenas um protesto simbólico e não prejudicaram o funcionamento da planta.

Megan Rice disse não se arrepender de seu ato. "Meu arrependimento é ter esperado 70 anos (para fazê-lo)", disse à imprensa local. "(A planta) causa apenas morte".

Ao ouvir a condenação perante a Corte, Rice levantou-se e sorriu. Seus simpatizantes choraram e cantaram músicas de protesto.

Segurança

O trio admitiu perante a Justiça ter invadido a planta nuclear, caminhado pelo local, grafitado palavras de ordem e destruído uma parede com um martelo. Eles passaram duas horas lá dentro. Os danos teriam sido de US$ 8,5 mil (R$ 17 mil), pelo fato de as operações da planta terem sido supostamente afetadas.

Depois do incidente, o Congresso americano e o Departamento de Energia investigaram a segurança do local e identificaram "amostras de inaptidão". A empresa que cuidava da segurança do local foi substituída.

"Somos uma nação de leis", declarou ao júri o promotor Jeffrey Theodore. "Você não pode tomar a lei em suas mãos e forçar suas opiniões sobre as demais pessoas"

Ao mesmo tempo, autoridades admitiram que os três manifestantes nunca chegaram perto do material nuclear presente em Y-12.

O advogado de defesa Francis Lloyd diz que seus clientes foram "bodes expiatórios", punidos por conta das falhas de segurança encontradas na usina.

Em declaração à corte, Boertje-Obed disse que "armas nucleares não oferecem segurança. Nossas ações (ao invadir o local) estavam oferecendo segurança real e expondo a falsa segurança".

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