A família de Juliana Marins recorreu à Justiça para solicitar uma nova autópsia no corpo da jovem, que morreu após cair durante uma trilha no cume do Monte Rinjani, na semana passada. No entanto, o Plantão Judiciário da Justiça Federal se declarou incompetente para decidir sobre o pedido, que agora será analisado pelo juiz responsável já sorteado para o caso. O corpo de Juliana continua na Indonésia, à espera de translado.
“Com o auxílio do Gabinete de Gestão Integrada de Segurança (GGIM) da Prefeitura de Niterói, acionamos a Defensoria Pública da União (DPU-RJ), que imediatamente fez o pedido na Justiça Federal solicitando uma nova autópsia”, informou Mariana Marins, irmã de Juliana.
Autópsia em Bali
A primeira autópsia foi realizada na quinta-feira (26), em um hospital de Bali, logo após a remoção do corpo do Parque Nacional do Monte Rinjani. Segundo o exame, Juliana Marins morreu em decorrência de múltiplas fraturas e lesões internas. Ela não sofreu hipotermia e teria sobrevivido por cerca de 20 minutos após o impacto.
As informações foram divulgadas na sexta-feira (27) pelo médico-legista Ida Bagus Putu Alit, durante coletiva no saguão do Hospital Bali Mandara.
Os indícios mostram que a morte foi quase imediata. Por quê? Devido à extensão dos ferimentos, fraturas múltiplas, lesões internas — praticamente em todo o corpo, incluindo órgãos internos do tórax. [Ela sobreviveu por] menos de 20 minutos, disse o médico.
Translado incerto
Neste domingo (29), a família de Juliana Marins fez um apelo à companhia aérea Emirates, em Bali, solicitando a confirmação do voo que fará o translado do corpo para o Rio de Janeiro.
“Estamos tentando confirmar o voo que trará Juliana para o Brasil, para o aeroporto do Galeão (Rio de Janeiro). Porém, a Emirates não quer confirmar o voo! É descaso do início ao fim. Precisamos da confirmação do voo da Juliana urgente. Precisamos que a Emirates se mexa e traga Juliana pra casa!”
Mariana informou que o translado estava confirmado para as 19h45 de domingo, no horário de Bali (8h45 no horário de Brasília), mas mudanças de última hora alteraram os planos.
Misteriosamente, a parte do porão de carga ficou ‘lotada’, e a Emirates disse que só traria Juliana em outro voo se fosse até São Paulo. Que não se responsabilizaria pela chegada dela no Rio, afirmou Mariana.
Parece proposital, já que o embalsamamento tem apenas alguns dias de validade. O medo é que em nova autopsia descubramos mais coisas? Está muito difícil, desabafou.