Família de brasileiro desaparecido não reconhecem corpo na Indonésia

Segundo a embaixada do Brasil em Jacarta, como o corpo encontrado estava muito desfigurado, foi solicitada a realização de um exame forense para determinar há quanto tempo ele estava na água.

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A mãe e amigos do brasileiro Fernando Vieira Campello, que desapareceu na Indonésia na última quinta-feira (29), não reconheceram um corpo que foi achado no mar na região de Lombok nesta terça-feira (3) e que poderia ser do brasileiro.


Segundo a embaixada do Brasil em Jacarta, como o corpo encontrado estava muito desfigurado, foi solicitada a realização de um exame forense para determinar há quanto tempo ele estava na água. Com base nessa informação, será possível descartar por completo a possibilidade de ser Fernando, caso o tempo seja maior que o do desaparecimento.

A embaixada também informou que vai pedir às autoridades de Jacarta a ajuda da polícia internacional, a Interpol, no trabalho de buscas pelo brasileiro.

De acordo com Camilla Ramaglio, 27 anos, amiga de Fernando que está na Indonésia, o grupo de brasileiros que acompanha as buscas acredita que “há 99% de chance de não ser Fernando".

“O corpo era de uma pessoa mais alta, estava inteiramente decomposto. Olhamos a arcada dentária, procuramos por tatuagens e não encontramos características do Fernando. Estava bem deformado, o que é praticamente impossível para alguém que desapareceu na quinta-feira. Esse corpo estaria no mar há pelo menos um mês”, disse ela ao Portal.

Ela afirma que foi requisitado à embaixada do Brasil em Jacarta a realização de um exame de raio X deste corpo para a possível detecção de um pino de metal que existia em uma das pernas de Fernando.

A mãe do desaparecido, Luciana Vieira, também negou que o corpo tenha sido encontrado em mensagem em sua página no Facebook. “Estão falando que encontraram ele morto. É mentira! Encontraram alguém e fomos fazer o reconhecimento do corpo mas não era o Fê! Graças a Deus.”

Desaparecimento

Fernando sumiu quando voltava para o hotel após participar de uma festa na ilha Gili Trawagan.

"As informações que temos são discordantes, algumas pessoas dizem que viram ele andando pela rua, mas nada muito concreto. Se tivessem visto mesmo já tinham achado, até porque a ilha pequena. A gente não tem muita noção do que aconteceu", afirmou Luana Martins em entrevista no início da madrugada desta terça.

Ele estava em uma festa com cerca de 10 amigos e teria decidido voltar ao hotel, pois se sentiu mal. Ele foi acompanhado por um desses amigos, mas a dupla se perdeu pelo caminho. "A gente não sabe o que aconteceu no meio do caminho, eles tinham bebido um pouco. O amigo dele está muito nervoso, muito desesperado. Parece que eles se desprenderam na volta e o Fernandinho acabou desaparecendo, não se sabe como. Ele estava bem, a gente não sabe o que aconteceu, se ele teve alguma crise", relatou Luana.

A mãe do jovem, Luciana Vieira disse em seu perfil no Facebook que foi está na ilha para procurar por seu filho com a ajuda de amigos do rapaz. A namorada dele reclama que a família não vem recebendo auxílio de autoridades locais nas buscas. "Não há nenhum tipo de ajuda, inclusive, a mãe dele me contou que um amigo dele foi na parte continental para buscar mais policiais e quando a polícia chegou lá sentaram numa sombra e falaram que iam descansar, porque eles estavam muito cansados e iam procurar mais tarde", disse Luana.

Ainda de acordo com ela, o brasileiro não responde às mensagens de celular e em redes sociais desde o desaparecimento e a senha de uma loja virtual de aplicativos dele teria sido trocada.

O Itamaraty divulgou que a embaixada do Brasil em Jacarta está ciente do caso do desaparecimento do brasileiro e mantém contatos com a família e com as autoridades locais. O Ministério das Relações Exteriores afirma que continuará a acompanhar a situação e prestará toda a assistência consular cabível.

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