Explosão em aeroporto de Moscou deixa ao menos 35 mortos

Suspeita-se que um homem-bomba esteja por trás da explosão

Explosão em aeroporto | Divulgação
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Ao menos 35 pessoas morreram e 152 ficaram feridas em uma explosão ocorrida nesta segunda-feira no aeroporto internacional Domodedovo, em Moscou. As circunstâncias do incidente, ocorrido por volta das 16h40 locais (11h40 pelo horário de Brasília) ainda não são claras, mas as autoridades russas acreditam em um atentado terrorista.

Em entrevista em cadeia nacional de televisão, o presidente Dmitri Medvedev lamentou pelo ataque e prestou condolências às vítimas. O líder russo disse também que todos os responsáveis pelo ataque - que ocorreu no setor de desembarque internacional - serão encontrados e punidos.

Em seguida, durante uma reunião extraordinária, o governante russo ordenou o reforço da segurança em todos os aeroportos e nas principais redes de transporte do país. O chefe do Kremlin criticou o fato de que "nem de longe são cumpridas as medidas de segurança adequadas" e ordenou que as autoridades "tomem medidas".

As primeiras informações davam conta de 10 mortos, depois 20. Agora o número está em 35 vítimas fatais. "De acordo com os dados atualizados, há 35 mortos e 46 feridos", declarou a porta-voz do aeroporto, Elena Galanova, ao canal NTV. Mais tarde, a polícia russa anunciou ter encontrado a cabeça do suposto terrorista.

Depois da explosão, uma nuvem de fumaça foi vista na área de retirada de bagagens, enquanto pessoas corriam às saídas de emergência do aeroporto, localizado a 42 km ao sul de Moscou. O ataque destruiu o salão de entrada do Domodedovo, segundo comunicou a assessoria de imprensa do local. Em reação ao atentado, a bolsa de valores russa caiu quase 2%.

De acordo com o jornal alemão Die Zeit, todos os voos internacionais do Domodedovo foram interrompidos. As autoridades russas colocaram os outros aeroportos e o metrô de Moscou em estado de atenção. O Domodedovo é um dos principais aeroportos da Rússia e um dos maiores da Europa. Ele se localiza ao sul da capital russa.

Segundo analistas, rebeldes de uma insurgência islâmica na região russa do Cáucaso do Norte, de maioria muçulmana, estavam planejando uma campanha violenta contra a região central da Rússia em 2011, no momento em que o país se prepara para as eleições presidenciais de 2012.

Moscou sofreu seu pior ataque em seis anos em março de 2010, quando duas mulheres-bomba da instável região russa do Daguestão se explodiram no metrô, matando 40 pessoas. O governo russo tem dificuldades em conter uma insurgência islâmica no Cáucaso do Norte, e rebeldes prometeram repetidas vezes que atacariam a região central da Rússia.

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