O ex-ministro libanês Mohammed Shattah, que fazia oposição ao presidente sírio, Bashar al-Assad, foi morto em uma explosão que atingiu o comboio dele em Beirute nesta sexta-feira (27) e deixou ao menos mais quatro mortos, informaram fontes do setor de segurança.
Shattah, um muçulmano sunita, também era uma figura da oposição interna no Líbano e foi conselheiro do ex-primeiro-ministro Saad al-Hariri. Fontes que viram a explosão disseram que Shattah estava a caminho de uma reunião quando a bomba foi detonada.
Uma testemunha da Reuters no local disse que o carro ficou "totalmente destruído".
O barulho da explosão foi ouvido em diversas partes da cidade às 9h40 da manhã (5h40 no horário de Brasília), e uma coluna de fumaça preta se ergueu no bairro comercial e de hotéis.
Um restaurante e um café foram destruídos pela explosão, e vários carros pegaram fogo, disseram testemunhas. Grande parte de Beirute foi isolada pela polícia após a explosão.
Imagens divulgadas pelas redes de televisão locais mostraram vários carros e corpos em chamas. As ambulâncias atendiam aos feridos no local.
Chatah, que também foi embaixador libanês em Qashington, era uma das figuras de destaque desta coalizão e era considerado o representante político de Hariri, que deixou o Líbano em 2011 quando o movimento xiita Hezbollah provocou a queda de seu governo, segundo a AFP.
De 2005 a 2012, ocorreram vários atentados e assassinatos contra políticos e jornalistas opostos ao regime sírio, assim como contra oficiais do exército e da polícia próximos a este campo.
O atentado desta sexta-feira ocorreu 20 dias antes do início do julgamento dos supostos responsáveis pela morte do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri, morto em 14 de fevereiro de 2005.