O ex-ditador argentino Reynaldo Bignone e outros quatro ex-militares foram condenados nesta terça-feira (12) à prisão perpétua por crimes contra a humanidade cometidos no campo de extermínio de Campo de Mayo, durante a ditadura 1976-83), segundo o Centro de Informação Judicial da Suprema Corte argentina.
A sentença foi emitida pelo Tribunal Oral Federal de San Martín.
A sentença foi apresentada com base nas provas obtidas na investigação de crimes contra a Humanidade cometidos em Campo de Mayo, conhecida como "Grávidas", já que incluiu os desaparecimentos de sete casais nos quais as mulheres esperavam filhos no momento dos sequestros.
Além das cinco condenações à prisão perpétua, o tribunal ditou sentenças a penas de entre 12 e 25 anos de prisão para outros seis acusados, indicou o CIJ.
Bignone, sobre quem pesa outra condenação à pena máxima, assim como outras duas sentenças de 25 e 15 anos de prisão, foi o último governante do regime militar (1982-83), que deixou cerca de 30 mil desaparecidos, segundo organizações humanitárias.