Os Estados Unidos realizaram ataques contra diversos alvos na Síria nesta sexta-feira (19), em resposta a um ataque ocorrido em 13 de dezembro que resultou na morte de dois militares americanos e de um intérprete civil. Segundo dois oficiais dos EUA, as ações fazem parte de uma operação militar que teve como foco estruturas associadas ao Estado Islâmico, embora o grupo terrorista não tenha reivindicado a autoria do ataque anterior.
OPERAÇÃO HAWKEYE
A ofensiva foi batizada de “Operação Hawkeye” e atingiu dezenas de alvos em diferentes regiões da Síria. De acordo com um dos oficiais americanos, os ataques tiveram como objetivo infraestrutura e depósitos de armas supostamente ligados ao Estado Islâmico.
Após o ataque de 13 de dezembro, forças americanas e parceiras realizaram dez operações militares que resultaram na morte ou detenção de cerca de 23 pessoas. Segundo as fontes, essas ações também forneceram informações de inteligência eletrônica utilizadas para a definição dos alvos atingidos nesta sexta-feira (19).
O objetivo da operação, conforme um dos oficiais, é reduzir a capacidade de atuação dos remanescentes do Estado Islâmico na Síria e limitar possíveis ameaças às forças americanas que atuam na região. Nações parceiras, incluindo a Jordânia, também participaram dos ataques.
PRESENÇA MILITAR DOS EUA NA SÍRIA
Centenas de soldados americanos seguem mobilizados na Síria como parte da missão iniciada na década de 2010 para combater o Estado Islâmico, após o grupo assumir o controle de grandes áreas da Síria e do Iraque. Com o apoio de forças parceiras e mudanças políticas no país, o domínio territorial do grupo foi reduzido significativamente.
Atualmente, cerca de 1.800 soldados da Guarda Nacional de Iowa estão sendo enviados ao Oriente Médio como parte da Operação Inherent Resolve, segundo comunicado do gabinete da governadora Kim Reynolds.
ATAQUE DE 13 DE DEZEMBRO
Embora o então presidente Donald Trump tenha prometido retaliação após o ataque de 13 de dezembro, o Ministério do Interior da Síria afirmou que o agressor responsável pelas mortes, integrava o Serviço de Segurança Interna sírio. Autoridades americanas e sírias reconheceram que os vínculos do atirador com o Estado Islâmico não são totalmente claros, e o grupo não reivindicou a autoria do ataque.
Os militares mortos foram identificados como o sargento Edgar Brian Torres Tovar, de 25 anos, natural de Des Moines, e o sargento William Nathaniel Howard, de 29 anos, de Marshalltown, ambos do estado de Iowa. Eles morreram em combate com forças hostis na cidade de Palmira, segundo o Exército dos Estados Unidos.
Outros três integrantes da Guarda Nacional de Iowa ficaram feridos no ataque e foram encaminhados para atendimento médico.