Os EUA e a China concordaram em fazer um esforço mútuo para que a península coreana seja desnuclearizada pacificamente, informaram diplomatas de ambos os países, segundo a agência de notícias Reuters. Os comentários sobre a situação de tensão na região foram feitos durante um encontro entre secretário de Estado americano, John Kerry, e autoridades chinesas em Pequim neste sábado (13).
Kerry tenta convencer a China a fazer mais pressão sobre a Coreia do Norte, que elevou o tom de suas ameaças de guerra nas últimas semanas, após sofrer uma nova rodada de sanções do Conselho de Segurança da ONU, em represália à realização de seu terceiro teste nuclear.
Capacidade nuclear
A Casa Branca havia afirmado nesta sexta-feira que a Coreia do Norte não demonstra "capacidade" para obter um míssil armado nuclearmente. A afirmação ocorreu um dia após o vazamento de um relatório da inteligência militar americana que afirmava com "moderada confiança" que o regime de Pyongyang podia contar com armamento nuclear.
"Não há dúvidas de que esta é uma situação que requer que os Estados Unidos tomem todas as medidas necessárias prudentes. Isso é o que temos feito", afirmou o porta-voz do presidente Barack Obama, Jay Carney, ecoandou outras autoridades federais que minimizaram o relatório.
O Pentágono comentou o teor do relatório afirmando ser "inexata" a conclusão de que o regime norte-coreano desenvolveu um míssil com capacidade nuclear.
O porta-voz do Pentágono George Little disse "não poder citar detalhes de um relatório secreto, mas afirmou ser inexato sugerir que a Coreia do Norte testou, desenvolveu ou demonstrou completamente as capacidades nucleares referidas" por Lamborn.
Também nesta sexta, o Ministério da Defesa da Coreia do Sul manifestou suas "dúvidas" sobre a capacidade de a Coreia do Norte lançar um míssil balístico nuclear.
"A Coreia do Norte realizou três testes nucleares, mas duvidamos que os norte-coreanos tenham fabricado uma ogiva nuclear suficientemente pequena e leve para ser montada em um míssil", declarou o porta-voz do ministério, Kim Min-seok.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse nesta sexta em Seul que os Estados Unidos "não vão aceitar" que a Coreia do Norte se torne uma potência nuclear e afirmou que o polêmico ditador norte-coreano Kim Jong-un precisa pesar as consequências de um conflito na região.
O fechado regime comunista de Pyongyang também quer que Estados Unidos e Coreia do Sul detenham as manobras militares conjuntas na região da Península Coreana.
A Coreia do Norte já ameaçou atacar EUA, Coreia do Sul e também o Japão, gerando apreensão na comunidade internacional.