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EUA apreendem avião da Venezuela na República Dominicana

Operação liderada por Marco Rubio visa combater violações de sanções e controle de exportações

Secretário Marco Rubio inspeciona apreensão de avião da Venezuela, na República Dominicana, em 6 de fevereiro de 2025 | Foto: AP Photo/Mark Schiefelbein
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Os Estados Unidos apreenderam, nesta quinta-feira (6), um segundo avião presidencial da Venezuela em território dominicano. A operação foi supervisionada pelo secretário de Estado, Marco Rubio, que se encontra na República Dominicana para uma visita oficial.

AVIÃO APREENDIDO

O avião apreendido nesta semana é um Dassault Falcon 200, modelo utilizado por Maduro e membros de seu governo em viagens internacionais. A aeronave foi usada em deslocamentos para países como Grécia, Turquia, Rússia e Cuba. O avião estava em manutenção no aeroporto de Santo Domingo quando foi interceptado pelas autoridades americanas.

Segundo fontes do governo dos EUA, a apreensão do Dassault Falcon 200 foi baseada em violações das sanções contra a Venezuela, práticas de lavagem de dinheiro e controle de exportações. O governo da Venezuela ainda não se manifestou sobre o ocorrido.

IMPLICAÇÕES DA APREENSÃO NO CONTEXTO INTERNACIONAL

A apreensão deste avião ocorre em um momento de incerteza sobre a postura dos Estados Unidos em relação à Venezuela. Recentemente, um enviado do governo norte-americano se reuniu com Nicolás Maduro em Caracas para discutir questões de imigração ilegal e a deportação de venezuelanos detidos nos EUA. Durante esse encontro, seis cidadãos americanos presos na Venezuela foram liberados e retornaram aos Estados Unidos.

PRIMEIRA APREENSÃO EM 2024

Este não é o primeiro incidente do tipo. Em setembro de 2024, um avião similar, modelo Dassault Falcon 900 EX, também de propriedade do regime de Nicolás Maduro, foi apreendido pelas autoridades dos Estados Unidos na mesma ilha. O governo americano justificou a retenção da aeronave devido a violações das sanções internacionais impostas contra o regime venezuelano.

De acordo com o Departamento de Justiça, a aeronave foi comprada ilegalmente por meio de uma empresa fantasma e contrabandeada para fora dos EUA. A apreensão ocorreu em meio à crescente pressão internacional sobre o presidente Maduro, especialmente após a controversa eleição presidencial, que foi questionada pela falta de transparência.

O governo venezuelano, na época, classificou a medida como "pirataria", reforçando a tensão diplomática entre os dois países.

SANÇÕES ECONÔMICAS

Esses episódios reforçam a contínua tensão entre os Estados Unidos e o regime de Maduro, com os EUA intensificando as ações contra os interesses do governo venezuelano, como parte de uma estratégia para pressionar o regime. O impacto dessas apreensões pode afetar ainda mais as relações diplomáticas e comerciais entre os dois países. 

Com informações do g1

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