Estudo possibilitará implante de órgãos de porcos em humanos

Seres humanos poderão receber órgãos de porcos, segundo estudo

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O que você faria se estivesse na fila esperando por um transplante de órgãos e te oferecessem um órgão de porco? A pergunta pode até parecer estranha, mas, certamente, qualquer pessoa que estivesse lutando pela vida aceitaria se submeter a uma inovação da ciência em busca da cura de uma doença.

Essa introdução tem por objetivo divulgar um novo estudo que vem sendo realizado por engenheiros genéticos. Eles cogitam transplantar órgãos de porcos em seres humanos. Um estudo preliminar apontou que é possível modificar as células de porcos para torná-las compatíveis com os seres humanos.

Este é um extenso e complexo trabalho de engenharia genética, que tem a missão de desenvolver uma técnica que possa desativar um perigoso e conhecido retrovírus suíno. Caso os cientistas consigam alcançar essa meta, pode ser possível tornar os órgãos dos porcos satisfatórios para transplante e uso em pessoas.

O estudo foi publicado na revista "Science". De acordo com a publicação, já foram realizados testes em embriões de porcos, a fim de eliminar as células que apresentam um potencial risco para a saúde humana.

A técnica utilizada neste estudo é inovadora e se chama Crisp

Trata-se de um procedimento para rearranjar códigos de ADN e desativar o retrovírus dos porcos. Segundo George Church, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, este método de modificação de genes traz uma esperança de que órgãos de animais possam ser doados a seres humanos sem nenhum tipo de risco.

Contudo, a comunidade científica afirma que existem preocupações em relação às chances de rejeição e infeção pelo retrovírus. A técnica ainda terá que ser profundamente estudada antes de qualquer teste com seres humanos. Provavelmente, serão anos de pesquisas para o aperfeiçoamento desse processo.

Os estudiosos acreditam que, caso a técnica seja bem-sucedida, este será um grande avanço terapêutico para a humanidade, tendo potencial para aumentar os índices de doação de órgãos e, consequentemente, a cura de pessoas que esperam por um transplante.

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