Essequibo: o que há no território da Guiana que faz Maduro querer ter controle

As Forças Armadas brasileiras ampliaram sua presença nas fronteiras com Venezuela e Guiana, em preparação para possíveis conflitos

Nicolás Maduro | Reprodução
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Na noite da última quarta-feira (3), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, promulgou uma lei que cria uma província venezuelana em Essequibo, um território internacionalmente reconhecido como parte da Guiana. A cerimônia de assinatura do texto aconteceu em meio a crescentes tensões na região.

A nova legislação, intitulada "Lei Orgânica para a Defesa de Essequibo", composta por 39 artigos, estabelece a fundação do estado da "Guiana Essequiba" e proíbe a divulgação de mapas políticos da Venezuela sem a inclusão do território de Essequibo.

Localizada na parte mais a oeste do território guianense, Essequibo abrange uma área de 159 mil km², representando cerca de 70% do território do país. Esta região, comparável em tamanho ao estado do Ceará e à Inglaterra, desperta interesse devido à descoberta de grandes reservas de petróleo em 2015.

TENSÕES AUMENTAM: As tensões entre Venezuela e Guiana aumentaram devido à disputa pelo controle de Essequibo. Em dezembro, um plebiscito convocado pelo governo venezuelano resultou na aprovação, por 95% dos votantes, da anexação do estado chamado "Guiana Essequiba". A escalada de tensões levou os EUA a realizar exercícios militares na região.

As Forças Armadas brasileiras ampliaram sua presença nas fronteiras com Venezuela e Guiana, em preparação para possíveis conflitos. O território brasileiro faz fronteira com ambos os países, tornando-se um ponto crucial em caso de confronto militar.

IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA: Essequibo, disputada há mais de um século, é vital devido aos seus recursos minerais, incluindo ouro, bauxita e urânio, além de sua localização estratégica na Floresta Amazônica. A Venezuela reivindica direitos sobre o território com base em acordos do século passado, desafiando decisões da Corte Internacional de Justiça.

A recente descoberta de petróleo na região intensificou a disputa entre os dois países. A Guiana buscou apoio internacional, levando o caso à ONU. Enquanto isso, a Venezuela planeja explorar os recursos minerais da região, desconsiderando as decisões internacionais.

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