A Espanha se prepara para eleições regionais neste domingo, em meio a protestos que reúnem milhares de cidadãos queixosos dos altos índices de desemprego e das medidas de austeridade impostas pelo governo.
Os protestos desafiaram uma proibição a manifestações políticas na véspera de eleições.
No pleito, que vai eleger governos e conselhos regionais, as projeções indicam que os candidatos socialistas, aliados do presidente de governo José Luis Rodríguez Zapatero, devem sofrer forte derrota, num momento em que o país enfrenta recessão e cortes de empregos.
Em Madri, organizadores dizem que os protestos, que atraíram cerca de 30 mil pessoas, podem continuar mesmo após a votação.
As manifestações começaram há seis dias na principal praça da capital espanhola, a Puerta del Sol, pela iniciativa de jovens espanhóis, que reclamam do alto desemprego em sua faixa etária. Muitos acamparam no local.
A polícia não entrou em ação para desmobilizar o protesto. Neste sábado, mais pessoas se reuniram ao redor da praça para participar de discussões e debates.
Segundo a agência Efe, os protestos deste sábado reuniram cerca de 60 mil pessoas pela Espanha, em cidades como Barcelona, Valência, Sevilha e Bilbao, além da capital.