Erupção do Monte Lewotobi Laki-Laki na Indonésia deixa pelo menos 10 mortos

O vulcão, localizado na ilha de Flores, entrou em erupção por volta da meia-noite (horário local), lançando colunas explosivas de lava, cinzas vulcânicas e rochas incandescentes.

Fumaça saindo do Monte Lewotobi Laki-laki | Arnold Welianto/AFP
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Pelo menos dez pessoas morreram após a erupção do Monte Lewotobi Laki-laki, no leste da Indonésia, na noite de domingo, 3 de novembro. O vulcão, localizado na ilha de Flores, entrou em erupção por volta da meia-noite (horário local), lançando colunas explosivas de lava, cinzas vulcânicas e rochas incandescentes. A erupção forçou as autoridades a evacuar sete aldeias localizadas nas proximidades da cratera.

O Centro de Vulcanologia e Mitigação de Riscos Geológicos informou que a erupção começou exatamente às 23h57 (12h57, horário de Brasília), lançando uma coluna de lava vermelha e intensas cinzas que afetaram a região. O porta-voz da instituição, Hadi Wijaya, mencionou ainda que o evento foi seguido por queda de energia e uma forte chuva, acompanhada de raios, o que gerou pânico entre os moradores locais.

As imagens compartilhadas pelas autoridades mostram a devastação causada pela erupção. Fumaça densa saía do topo do monte, e a vegetação ao redor parecia completamente queimada, com árvores secas e sem folhas. O céu noturno ao redor do vulcão estava tingido de um vermelho intenso devido ao brilho da lava. Em várias aldeias, a chuva de cinzas vulcânicas cobriu ruas e edifícios, enquanto algumas casas de madeira foram destruídas pelo fogo.

EVACUAÇÃO E ESTADO DE EMERGÊNCIA

Em resposta ao desastre, a agência vulcanológica da Indonésia elevou o alerta para o nível máximo, alertando a população a se afastar da área. A medida afetou diretamente 7 vilarejos, cujos moradores foram evacuados. O número de vítimas pode aumentar, e autoridades continuam a avaliar os danos na região.

Além disso, o aeroporto de Maumere, localizado nas proximidades, foi temporariamente fechado devido aos impactos da erupção. As autoridades locais pediram que os moradores utilizem máscaras para se proteger das cinzas e também alertaram para o risco de fluxos de lava fria e inundações repentinas nos próximos dias.

O governo indonésio declarou estado de emergência na área afetada, o que possibilitará o envio de ajuda humanitária para os aproximadamente 10 mil moradores afetados pela catástrofe. A medida também abre portas para o apoio do governo central em Jacarta.

ANEL DE FOGO

A Indonésia está situada no Anel de Fogo do Pacífico, uma região conhecida pela intensa atividade sísmica e vulcânica, devido à presença de múltiplas placas tectônicas. O país sofre frequentemente com erupções vulcânicas, como demonstrado pelo evento deste domingo.

Nos últimos meses, a Indonésia tem enfrentado uma série de erupções vulcânicas, como a do Monte Ibu, na ilha de Halmahera, em maio, que causou a evacuação de sete aldeias. Em Sulawesi, o vulcão Ruang também entrou em erupção, afetando mais de 12 mil pessoas. Além disso, o Monte Marapi, na província de Sumatra Ocidental, provocou inundações repentinas e fluxos de lava fria, resultando na morte de mais de 60 pessoas.

IMPACTO

Hermanus Mite, uma cabeleireira de 32 anos, descreveu o momento da erupção como um grande susto. “Eu estava dormindo quando, de repente, a cama tremeu duas vezes. Quando acordei, vi a lava do vulcão e corri. Minha sala pegou fogo, e perdi tudo”, afirmou, emocionada. As cinzas vulcânicas espalhadas por toda a vila dificultaram a evacuação e agravaram a situação.

POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS A LONGO PRAZO

A agência de desastres da Indonésia ainda monitora as condições da região e alerta sobre os riscos de inundações repentinas e fluxos de lava fria nos próximos dias, que podem complicar ainda mais o resgate e a recuperação das áreas afetadas.

Com informações da Reuters e AFP via Folha

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