Desde a última terça-feira (9), uma onda de violência que levou o Equador a ser declarado em "estado de guerra" persiste sem uma solução clara, despertando preocupações em países vizinhos sobre a possível expansão do conflito. Nos últimos dias, o Peru mobilizou equipes das forças de segurança nacional em suas fronteiras para proteger o território contra narcotraficantes equatorianos.
O caos nas ruas do Equador, desencadeado pela fuga de José Adolfo Macías Villamar, conhecido como Fito, líder da maior facção do país, provocou uma resposta mais enérgica do governo e intensificou a atuação de grupos de narcotraficantes, marcada pelo descontrole e violência.
Até o momento, o motim resultou em 18 mortes, 329 prisões e 41 resgates. O país sul-americano está em estado de "conflito armado interno". O chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas do Equador, almirante Jaime Vela, afirmou que os detidos têm ligações com grupos como Tiguerones, Los Lobos e Los Choneros.
Durante a crise, foram recuperados aproximadamente 195 veículos, nove embarcações e 19 equipamentos de comunicação que haviam sido roubados. Além disso, foram apreendidas mais de 60 armas de fogo de vários calibres, 418 munições, 28 dispositivos explosivos e 230 kg de entorpecentes.
A Polícia Nacional do Equador registrou diversas vítimas, incluindo oito mortos em ataques no porto de Guayaquil, dois policiais assassinados em Nobol, três corpos encontrados dentro de um carro incendiado e cinco mortos em confronto com agentes.
Posicionamento da Argentina
A Argentina considera o problema como um "problema continental", e analistas consultados ressaltam que o narcotráfico na América do Sul se ajusta para atender à demanda dos mercados dos Estados Unidos e da Europa. No entanto, especialistas acreditam que o conflito armado é um problema interno do Equador e é improvável que se espalhe para outros países sul-americanos, dado o caráter individual de cada grupo paramilitar e de narcotráfico.
Apesar disso, a onda de violência no Equador pode ter impactos significativos na segurança e economia dos países vizinhos. Em resposta à crise, Argentina, Bolívia e Colômbia enviaram suas forças de segurança para auxiliar o governo equatoriano, enquanto o Peru reforçou a segurança nacional em suas fronteiras. O presidente equatoriano, Daniel Noboa, decretou estado de "conflito armado interno" e tratou as facções criminosas como grupos terroristas, desencadeando operações militares para neutralizá-las.
Diante da escalada da violência, o presidente anunciou a deportação de prisioneiros estrangeiros, buscando reduzir a população carcerária e os custos associados. Cerca de 1,5 mil colombianos, em sua maioria ligados ao tráfico de drogas, estão detidos no Equador.
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