Um caso chocou a Flórida há alguns meses: Remee Lee estava animada com sua gravidez, ao ponto de levar a ultra-sonografia para o trabalho e mostrar aos colegas. Até que, em março de 2013, ela passou mal no trabalho, foi para casa e, ao sangrar, desconfiou que as pílulas que seu namorado havia lhe dado não eram antibióticos, como ele afirmava. No dia seguinte, ela confirmou o pior: seu feto estava morto.
James Andrew Welden, namorado da norte-americana, havia lhe dado uma pílula anti-úlcera, que ao ser ingerida, provoca o aborto em questão de tempo. Na última segunda-feira (9), Welden declarou-se culpado em um tribunal em Tampa, na Flórida, e afirmou que não queria a gravidez da namorada. Para conseguir o medicamento, ele falsificou a assinatura do pai, que é ginecologista, e disse a Remee que ela teria que tomar antibióticos pois as cólicas que vinha sentindo eram decorrentes de uma infecção. Na embalagem do medicamento anti-úlcera, Welden trocou o rótulo com o de um medicamento para grávidas.
Agora, a Justiça da Flórida vai decidir se aceita o acordo proposto por Welden (que topou passar 14 anos atrás das grades) ou se impõe uma punição mais severa. O advogado de Welden, Todd Foster, disse ao jornal "Los Angeles Times" que o tribunal não tem como provar a acusação de homicídio porque "não foi cientificamente capaz de ser confirmado" que a pílula definitivamente causou o aborto. A sentença final sairá dia 5 de dezembro, no mesmo tribunal, em Tampa.