Enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se encontrava com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e líderes europeus na Casa Branca na segunda-feira (18/08), a Rússia lançou um ataque aéreo contra a Ucrânia. A ação foi considerada a mais pesada desde julho.
De acordo com a Força Aérea ucraniana, 270 drones e 10 mísseis foram lançados por Moscou durante a madrugada desta terça-feira (19), o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde 31 de julho. Ainda segundo a Força Aérea, quatro mísseis e 16 drones atravessaram as defesas aéreas do país.
Oito pessoas morreram e outras 54 ficaram feridas nos ataques em toda a Ucrânia, nas últimas 24 horas até a manhã desta terça-feira.
Autoridades militares divulgaram que cinco pessoas foram mortas em ataques russos a cidades atrás das linhas de frente na região de Donetsk, enquanto três foram mortas e 33 ficaram feridas em ataques russos à cidade de Zaporizhzhia, segundo autoridades militares nas duas regiões.
Ataques russos também feriram civis em Kharkiv, Kherson, Dnipropetrovsk e Nikopol.
Cerca de 1.471 residências e 119 empresas ficaram sem energia nesta terça-feira, após a Rússia bombardear a região de Poltava, no nordeste da Ucrânia, informou o administrador militar regional, Volodymyr Kohut.
Entenda a guerra na Ucrânia
A Rússia começou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e, atualmente, detém cerca de um quinto do território do país vizinho. Ainda em 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Lentamente, os russos vão avançando pelo leste e Moscou não dá sinais de abandonar seus principais objetivos de guerra. Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pressiona por um acordo de paz. A Ucrânia, por sua vez, tem realizado ataques cada vez mais ousados dentro da Rússia e diz que as operações visam destruir infraestrutura essencial do Exército russo.
Já o governo de Putin, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones. Os dois lados afirmam não ter como alvo civis, mas milhares morreram no conflito, a grande maioria deles ucranianos.
Acredita-se também que milhares de soldados morreram na linha de frente, mas nenhum dos lados divulga números de baixas militares. Os Estados Unidos afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.