O Conselho de Segurança da ONU pediu neste sábado (12) um cessar-fogo entre palestinos e israelenses e expressou grave preocupação com o bem-estar e a proteção de civis em ambos os lados. Só neste sábado, um total de 30 palestinos morreram em bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza, o que eleva a 135 o número de mortos em cinco dias de ofensiva, de acordo com fontes médicas palestinas.
"Os membros do Conselho de Segurança pediram a normalização situação, a restauração da calma, e reinstituição do cessar-fogo de novembro de 2012," disse o grupo de 15 membros em comunicado.O chanceler britânico, William Hague, anunciou ainda que conversará com seus homólogos de Estados Unidos, França e Alemanha sobre a necessidade de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, no próximo domingo (13) em Viena, durante a reunião sobre o programa nuclear iraniano. "Precisamos de uma ação internacional urgente e coordenada a fim de instaurar um cessar-fogo como em 2012", declarou Hague.
Hague disse ter "insistido na necessidade de frear imediatamente a escalada da violência e restabelecer o cessar-fogo instaurado em novembro de 2012" em conversas telefônicas no sábado com seu homólogo israelense, Avigdor Lieberman, e com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abas.
"Também manifestei nossa profunda preocupação com o número de vítimas civis e a necessidade, para as duas partes, de evitar novas perdas de inocentes", acrescentou o ministro, que durante a manhã expressou sua "preocupação extrema" em sua conta no Twitter.Essa foi a primeira reação oficial de Londres desde o forte apoio a Israel dado pelo primeiro-ministro, David Cameron, na quarta-feira, dia seguinte aos primeiros ataques israelenses sobre Gaza, destinados a colocar fim aos lançamentos de foguetes pelos combatentes palestinos. Desde então, o exército israelense multiplicou os ataques aéreos sobre a Faixa de Gaza, deixando pelo menos 127 mortos e 940 feridos, na maioria civis, segundo o serviço médico palestino.
Por outro lado, o exército israelense contabilizou 564 foguetes lançados contra Israel, e quase 140 foram interceptados e destruídos no ar pelo sistema de defensa Iron Dome. Os disparos resultaram em dez feridos, sem mortes.
Este é o confronto mais sangrento desde a operação de novembro de 2012, que também teve como objetivo impedir os lançamentos de foguetes. Na ocasião, os ataques resultaram na morte de 177 palestinos e 6 israelenses. Na sexta-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel resistirá a toda ingerência internacional que pretenda um cessar-fogo.