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Elon Musk deixa o governo Trump após críticas a “gastos massivos” do presidente

A expectativa era de que Musk permanecesse até sexta-feira (30), quando completaria os 130 dias previstos para seu mandato especial, iniciado em janeiro.

No dia 30 de abril, Musk se despediu do governo Trump após os 100 primeiros dias do segundo mandato do presidente | Foto: ROBERTO SCHMIDT/AFP
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O bilionário Elon Musk deixou o governo de Donald Trump nesta quarta-feira (28), conforme noticiado pela imprensa dos Estados Unidos. Ele ocupava o cargo de conselheiro especial e liderava o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). Segundo a Casa Branca, o processo de desligamento teve início na noite de hoje. Fontes ouvidas pela agência Reuters afirmaram que Musk não chegou a conversar com Trump antes de tomar a decisão.

Pelo X (antigo Twitter), Musk se despediu em tom formal, agradecendo ao ex-presidente: “À medida que meu período como Funcionário Especial do Governo chega ao fim, gostaria de agradecer ao Presidente Trump pela oportunidade.”

A expectativa era de que Musk permanecesse até sexta-feira (30), quando completaria os 130 dias previstos para seu mandato especial, iniciado em janeiro.

Desde o início de abril, havia especulações sobre sua saída. Questionado à época sobre a possibilidade, Musk afirmou que a missão estava praticamente cumprida: “Acho que teremos realizado a maior parte do trabalho necessário para reduzir o déficit em US$ 1 trilhão dentro desse prazo.”

Apesar da função, Musk foi visto por aliados e membros do governo como um peso político. Ele e Trump chegaram a divergir publicamente, especialmente sobre as tarifas de importação implementadas pelo governo.

Em abril, após o anúncio das tarifas, Musk usou o X para criticar Peter Navarro, assessor de Trump e um dos principais idealizadores da política. Em uma das postagens, questionou a formação de Navarro: “Um PhD em Economia por Harvard é uma coisa ruim, não uma coisa boa.”

Segundo o Washington Post, fontes próximas ao assunto revelaram que Musk tentou convencer Trump a rever as tarifas em reuniões privadas. Como CEO da Tesla, ele considerava que a medida prejudicava os negócios da empresa, especialmente por afetar os mercados dos Estados Unidos e da China — principais polos de produção e consumo da montadora.

Kimbal Musk, irmão de Elon, também criticou a medida nas redes sociais: “Quem imaginaria que Trump seria o presidente americano com os impostos mais altos em gerações?”, escreveu. “Um imposto sobre o consumo também significa menos consumo. O que significa menos empregos.”

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