As primeiras projeções das eleições antecipadas na Alemanha indicam uma possível volta da União Democrata Cristã (CDU) ao poder. Segundo pesquisas de boca de urna, a coligação CDU/CSU registra 29% dos votos, consolidando a liderança do conservador Friedrich Merz, que pode se tornar o novo chanceler da maior economia da Europa.
EXTREMA-DIREITA CRESCE E SPD DESPENCA
Se os números se confirmarem, o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) pode alcançar seu melhor desempenho histórico, com 19,5% dos votos – quase o dobro do resultado obtido em 2021. O AfD pode se tornar a maior força de oposição no parlamento.
Já o Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, aparece em terceiro lugar, em uma queda significativa desde sua vitória em 2021, quando conquistou 25,7% dos votos.
Enquanto isso, a Aliança Sahra Wagenknecht (BSW) ficou abaixo do limite de 5% necessário para entrar no parlamento, enquanto o partido A Esquerda garantiu 8,5% dos votos.
HORÁRIOS E CONTAGEM DE VOTOS
As seções eleitorais abriram às 08h e fecharam às 18h (horário local). No horário de Brasília, a votação ocorreu entre 4h e 14h. A contagem dos votos é manual e os resultados preliminares devem ser divulgados na manhã de segunda-feira (24).
QUEM É FRIEDRICH MERZ?
O líder do CDU, Friedrich Merz, é um político conservador de 69 anos e nunca ocupou um cargo governamental. Ele pertence ao partido da ex-chanceler Angela Merkel e se destacou por sua rivalidade interna com ela ao longo dos anos.
Merz tem como principal proposta o endurecimento das políticas de imigração. Durante sua campanha, declarou que pretende controlar melhor as fronteiras e repatriar imigrantes sem documentos.
OUTROS CANDIDATOS EM DESTAQUE
Além de Merz, a candidata do AfD, Alice Weidel, defende políticas semelhantes, alegando que a "imigração em massa" precisa ser revertida. Com 46 anos, a economista busca consolidar o crescimento do partido de extrema-direita.
Já Olaf Scholz, do SPD, tenta se manter no cargo, mas enfrenta forte rejeição. Em entrevista à revista Der Spiegel, o atual chanceler afirmou que acredita ter 60% de chance de continuar no poder, apesar do baixo desempenho do partido nas pesquisas.
O SPD aposta em pautas sociais, como o aumento do salário mínimo e a redução do custo de vida, além da taxação de grandes fortunas.
Com informações do CNN