EI queima jovem de 20 anos que se negou a fazer 'sexo extremo'

A denúncia foi feita por Zainab Bangura, da ONU

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O Estado Islâmico, grupo fundamentalista que controla áreas da Síria e do Iraque, queimou uma jovem de 20 anos viva, após ela se recusar a participar de "atos sexuais extremos".

A denúncia foi feita por Zainab Bangura, da Organização das Nações Unidas. De acordo com a ONU, refugiados relatam o tratamento terrível que o grupo dá às mulheres, incluindo a venda de meninas virgens.

Segundo Zainab, representante especial da organização em situações de violência sexual em conflitos, a minoria yazidi está especialmente em risco. Eles seguem uma religião secular, vista por membros do Estado Islâmico como uma "seita adoradora do diabo".

Recentemente, uma jovem escreveu na publicação em inglês do grupo, a Dabiq, sobre como o Alcorão aprova que jovens da minoria yazidi sejam estupradas.

O grupo usa a violência sexual como uma tática terrorista para espalhar medo entre suas vítimas. De acordo com Zainab, quando estão em poder do Estado Islâmico, as jovens são despidas, têm sua virgindade "testada" e são categorizadas (de acordo com a beleza e com o tamanho dos seios) antes de serem negociadas em feiras ou enviadas para outras províncias - as mais bonitas vão para Raqqa, principal cidade do grupo.

"Há uma hierarquia: os sheiks escolhem primeiro, depois os emirs, depois os soldados. Geralmente eles escolhem três ou quatro meninas, ficam com elas por um mês, até enjoarem, e ai ela volta para o mercado. Durante esses leilões, os homens pechincham muito, depreciando meninas com seios pequenos ou pouco atraentes", afirmou Zainab.

Ela dissse, ao Toronto Star, que é necessária uma mobilização global para por fim à crise humanitária.

"Essas meninas precisam de ajuda médica e psicossocial e nem a ONU nem as autoridades regionais podem fornecer isso", afirma ela, que pede que mais países se envolvam na luta contra o grupo.

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