Um deslizamento de terra devastador atingiu várias aldeias remotas no norte de Papua-Nova Guiné, deixando mais de 300 pessoas e 1.182 casas soterradas, conforme relatou Aimos Akem, membro do Parlamento nacional, ao jornal local Papua New Guinea Post Courier.
De acordo com o Departamento de Assuntos Exteriores e Comércio da Austrália, o incidente afetou mais de seis vilarejos na região de Mulitaka, localizada na província de Enga, cerca de 600 km ao norte da capital, Port Moresby.
CORPOS RESGATADOS
Embora o número exato de mortos ainda seja incerto, teme-se que ultrapasse cem. A emissora Australian Broadcasting Corp informou que quatro corpos foram resgatados após equipes de emergência conseguirem acessar a área remotamente através de helicópteros, uma vez que o deslizamento bloqueou o acesso por rodovia.
O governador da província de Enga, Peter Ipatas, descreveu o incidente, que ocorreu por volta das 3h locais, como um "desastre natural sem precedentes" que causou "danos consideráveis".
Imagens da área mostram uma enorme quantidade de pedras e terra desmoronando de uma colina, com dezenas de pessoas trabalhando entre as rochas na esperança de encontrar sobreviventes.
BUSCAS
O primeiro-ministro, James Marape, anunciou que equipes de resposta a desastres, a Força de Defesa e o Departamento de Obras e Rodovias estão colaborando nos esforços de socorro e recuperação.
O deslizamento também atingiu uma rodovia próxima a uma mina de ouro operada em parceria com uma empresa chinesa. Um porta-voz da mina afirmou que ainda é cedo para determinar se houve danos significativos à mina ou se algum trabalhador foi afetado pelo desastre.