Deputada é entrevistada pela 1ª vez após ser baleada na cabeça

Momentos de superação, mas também de frustração, como quando chora por não conseguir responder os pedidos de seus terapeutas

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A deputada americana Gabrielle Giffords, que ficou gravemente ferida ao receber um tiro na cabeça em janeiro, durante um ato público, falou pela primeira vez do fato e do duro processo de reabilitação em entrevista transmitida na noite desta segunda-feira (14) pela rede de televisão ABC.

Acompanhada de seu marido, o astronauta Mark Kelly, Gabrielle recebeu em sua casa a jornalista Diane Sawyer, que realizou uma edição especial do programa "20 minutes".

O programa mostrou pela primeira vez imagens da deputada no hospital pouco depois do tiroteio, nas quais aparece na cama com uma grande cicatriz que lhe atravessa a cabeça, assim como em momentos de seu tratamento, aprendendo a falar novamente e andando pelos corredores.

Momentos de superação, mas também de frustração, como quando chora por não conseguir responder os pedidos de seus terapeutas. A família Giffords decidiu documentar cada passagem de sua recuperação caso a deputada quisesse ver um dia.

Quando a jornalista lhe pergunta como está agora, Gabrielle diz que "bastante bem", mas reconhece que foi difícil. Já seu marido destacou a perseverança da deputada, que ainda tem dificuldade para andar e articular um de seus braços.

Kelly, que comandou a missão STS-134 do Endeavour, a última do ônibus espacial americano à Estação Espacial Internacional (ISS), esteve a ponto de pedir demissão para ficar ao lado de sua esposa, mas a família dela o convenceu a não abandonar a missão.

O casal escreveu o livro "Gabby: a story of courage and hope" ("Gabby: uma história de coragem e esperança", em tradução livre), que será lançado nesta terça-feira (15), no qual narram como foram os últimos meses para ambos.

A deputada do Arizona foi baleada por Jared Lee Loughner, de 22 anos, quando realizava um encontro com seus eleitores nas portas de um supermercado em Tucson.

A bala atravessou seu crânio e o hemisfério esquerdo do cérebro - que controla as capacidades motoras -, e Gabrielle teve que ser operada em várias ocasiões.

O tiroteio, que aconteceu no dia 8 de janeiro, terminou com seis mortos, entre eles uma menina de nove anos, e 13 feridos.

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