Corte eleitoral da Bolívia inabilita candidatura de Evo no Senado

ustificativa é de que o ex-presidente - atualmente refugiado na Argentina - não cumpre requisito de residência permanente no país. Mesmo motivo foi usado para recusar candidaturas de ex-chanceler Diego Pary e do líder de direita Mario Cossío.

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O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia resolveu nesta quinta-feira (20) inabilitar o ex-presidente Evo Morales a se candidatar ao Senado, alegando que não cumpre o requisito de "residência permanente" na jurisdição do país que quer representar.

As candidaturas ao Congresso de Morales, daquele que foi seu chanceler, Diego Pary, e do líder de direita Mario Cossío, foram inabilitadas "por não cumprir com o requisito da residência permanente" nas regiões da Bolívia pelas que se candidataram, disse o titular do TSE, Salvador Romero, em coletiva de imprensa.

CRÉDITO: Maxim Shemetov_AP

Morales saiu do país em novembro para o México, após se demitir em meio a protestos sociais, e atualmente está refugiado na Argentina.

No dia 30 de janeiro, o partido de Morales, o MAS (Movimento ao Socialismo), anunciou que o ex-presidente tinha autorizado seu advogado, Wilfredo Chávez, a registrá-lo como candidato a uma cadeira no Congresso nas eleições de 3 de maio.

Na ocasião, o vice-ministro do Interior, Daniel Humérez, alertou que "se pisar no território boliviano, imediatamente (...) será feita sua prisão". O governou abriu vários processos de sedição, terrorismo e prejuízos econômicos ao Estado contra Morales.

Evo Morales está impedido de participar das próximas eleições como candidato à presidência, após anular as eleições em outubro passado devido a "irregularidades" detectadas por uma missão da OEA e nas quais foi declarado vencedor no primeiro turno.

No entanto, o candidato de seu partido, seu ex-ministro da Economia, Luis Arce, lidera as pesquisas de intenção de voto, com 31,6%. Ele aparece 14,5 pontos percentuais à frente de Carlos Mesa, que obteve 17,1% de apoio na pesquisa. A presidente interina Jeanine Áñez, por sua vez, tem 16,5%.

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