A polícia japonesa investiga o estranho caso do corpo de uma mulher que foi encontrado em Tóquio dentro de um pacote enviado pelo correio e faturado no nome da vítima, publicou nesta terça-feira a imprensa local.
A mulher foi identificada como Rika Okada, uma enfermeira de 29 anos de Osaka, no sul do Japão, que teve o desaparecimento denunciado em 21 de março, publicou o jornal "Asahi".
Seu corpo foi achado na semana passada em um armazém de aluguel em Hachioji, 40 quilômetros a oeste da capital japonesa, para onde teria sido transportada dentro de uma gaveta de dois metros de comprimento, segundo a investigação.
Entretanto, o pacote foi entregue antes no apartamento alugado em nome de uma brasileira, apontada como suspeita pelo crime ao lado de outra chinesa. As duas viajaram para a China e não voltaram mais para o Japão.
Nesta terça-feira (27), a brasileira, cuja identidade não foi divulgada, se entregou ao consulado do Japão em Xangai. As autoridades japonesas haviam pedido sua extradição porque ela viajou com um passaporte falso. A investigação se centra agora em rastrear a atividade do cartão de crédito da vítima, após comprovar gastos recentes de mais de um milhão de ienes (quase R$ 22 mil), supostamente gastos pela dupla.
O cartão teria sido utilizado no aeroporto de Haneda (Tóquio) no último dia 3 para a compra de um bilhete com destino a Xangai, na China, afirmaram fontes do caso, enquanto a imprensa local apontou que o passaporte da vítima foi usado por outra mulher para sair do país.
O pacote tinha inscrito a palavra japonesa para "bonecas", e foi transportado por uma empresa que faturou o envio, de mais de 400 quilômetros, no nome da própria vítima. O aluguel do armazém também foi contratado com o cartão de crédito de Rika.
Os legista encontraram mais de uma dúzia de ferimentos de arma branca no corpo dela, mas nenhum deles era defensivo, segundo meios locais citados pelo "Asahi".
Logo antes de seu desaparecimento, Rika deixou em seu perfil de Facebook um comentário onde anunciava que se reuniria uma "velha amiga" que não via há uma década.